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Brasil goleia o Peru e mantém 100% de aproveitamento na Copa América
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Brasil goleia o Peru e mantém 100% de aproveitamento na Copa América

Enquanto casos de Covid-19 em delegações passa de 60, seleção brasileira segue passeando no torneio e vence peruanos com show de Neymar
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Neymar e Richarlison marcaram para a seleção contra o Peru pela Copa América (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Foto: Lucas Figueiredo/CBF Neymar e Richarlison marcaram para a seleção contra o Peru pela Copa América

A seleção brasileira venceu a segunda partida na Copa América. Fez 4 a 0 no Peru, na noite desta quinta-feira, no estádio Nilton Santos, o Engenhão, e chegou a seis pontos na liderança do Grupo B. A equipe, agora, só volta a atuar quarta-feira, quando enfrenta a Colômbia, segunda colocada da chave com 4 pontos, no mesmo local.

O péssimo gramado do Engenhão — a Copa América foi organizada às pressas e aceitou jogar nos lugares que colocaram à disposição — contribuiu para o futebol pouco inspirado da seleção no primeiro tempo. Não faltou empenho nem disciplina tática. Mas jogadas de qualidade técnica e mesmo as trocas de passe foram raras. E teve momentos na parte final da etapa que o Peru até esteve melhor em campo.

Em uma competição marcada pela ameaça (e retirada) de boicote dos jogadores e pelos já 65 casos de Covid-19 entre atletas e membros de comissões técnicas, Tite prosseguiu com seus testes e com resultados fáceis. Ederson entrou no gol, Fabinho do meio de campo e Everton Cebolinha no ataque. Thiago Silva voltou à zaga.

O treinador também e experimentou nova alternativa de o time atuar. Com Cebolinha bem aberto, o lateral esquerdo Alex Sandro teve liberdade para penetrar pelo meio. Foi assim que saiu o primeiro gol do Brasil, aos 11 minutos. O ala da Juventus lançou o atacante cearense e foi para a área marcar com a perna direita após Gabriel Jesus escorar para o meio cruzamento do ex-gremista. Essa foi a primeira conclusão certa da seleção — Fred havia tentando um minuto antes, mas o chute saiu torto. A seleção ainda teria oportunidades claras com Fabinho, aos 24 minutos, e com o próprio Alex Sandro, já no fim da etapa.

Ao se defender, a seleção formava duas linhas de quatro. Com isso, o Peru, apesar de ter mais posse de bola na etapa, não chegava com perigo. Na única vez, aos 38 minutos, Danilo evitou gol de Cueva, em bola que havia passado por Ederson.

O problema era ao atacar. Neymar tinha liberdade de movimentação, mas, como jogava bem adiantado e o time estava com dois volantes, a equipe ficava espaçada e tinha dificuldade na construção. E Gabigol ficou isolado. Para corrigir o problema, Tite trocou flamenguistas: Everton Ribeiro no lugar de Gabriel Barbosa. Já Richarlison assumiu o lugar de Cebolinha na esquerda.

O time ficou mais compacto e passou a se impor. Aos 14 minutos, Neymar caiu numa disputa com Tapia. O árbitro Patricio Losteau deu o pênalti, mas, chamado pelo VAR, após rever as imagens várias vezes, mudou a decisão.

Não teve problema para Neymar. Aos 22 minutos, ele recebeu na entrada da área, aproveitou o espaço dado pelo marcador e chutou rasteiro, cruzado, para fazer 2 a 0. Foi o 68º dele pela seleção. É o segundo maior artilheiro. Pelé tem 77 em jogos oficiais.

Àquela altura, o Brasil era praticamente absoluto em campo. Teve chance de ampliar com Richarlison, o próprio Neymar e Firmino até aumentar aos 43 minutos com Everton Ribeiro, chegar à goleada com Richarlison, aos 46, ambos os gols em boas tramas do ataque, e consolidar sua liderança tranquila no Grupo B.

Brasil 4x0 Peru

Brasil
4-3-3: Ederson; Danilo (Emerson), Eder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Fabinho, Fred e Neymar; Gabriel Jesus (Firmino), Gabigol (Everton Ribeiro) e Everton Cebolinha (Richarlison). Técnico: Tite.

Peru 
4-5-1: Gallese; Corzo, Christian Ramos, Abram e Marcos López; Tapia, Yotún (Arias), Carrillo, Cueva (Távara) e Penã (Iberico); Lapadula (Valera). Técnico: Ricardo Gareca.

Local: Estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 17/6/2021
Árbitro: Patricio Losteau (ARG)
Gols: Alex Sandro, aos 11 min do 1º tempo. Neymar, aos 22, Everton Ribeiro, aos 43, e Richarlison, aos 46 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Christian Ramos, Yotún, Gabriel Jesus, Távara
Público e renda: Jogo de portões fechados em decorrência da pandemia do novo coronavírus

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