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18 dos 20 clubes da Série A se posicionam no Dia do Orgulho LGBTQIA+
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18 dos 20 clubes da Série A se posicionam no Dia do Orgulho LGBTQIA+

No Estado, Fortaleza, Ferroviário, Caucaia, Icasa, Floresta, Guarany e Atlético-CE se manifestaram em prol da diversidade sexual. Ceará e Athletico-PR foram os únicos da elite nacional a se calar
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Germán Cano levanta a bandeira LGBTQIA  para comemorar o gol do Vasco contra o Brusque no domingo
 (Foto: DHAVID NORMANDO/AE)
Foto: DHAVID NORMANDO/AE Germán Cano levanta a bandeira LGBTQIA para comemorar o gol do Vasco contra o Brusque no domingo

Ontem, 28 de junho, comemorou-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, data voltada ao combate ao preconceito contra a comunidade sexualmente diversa (lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, travestis, interssexuais, assexuais e demais identidades). No cenário do futebol, seis dos sete clubes que disputam as quatro divisões do futebol nacional se posicionaram, enquanto 18 dos 20 da Série A fizeram postagens celebrando a data.

Fortaleza, Ferroviário, Caucaia, Icasa, Floresta, Guarany de Sobral e Atlético-CE se posicionaram a favor da causa. A Federação Cearense de Futebol (FCF) agiu da mesma forma. Entre os clubes da elite estadual em 2021, Ceará, Barbalha, Crato e Pacajus não se manifestaram até o fechamento da matéria.

Dentre as agremiações que estão na Série A do Campeonato Brasileiro nesta temporada, apenas Ceará e Athletico-PR não fizeram postagens relacionadas ao tema.

A publicação do Tricolor do Pici foi em formato de vídeo. Nele, simulou-se uma conversa pelo Whatsapp, entre o "Mundo" e uma pessoa. O texto enviado dizia "toda forma de amor deve ser respeitada. Não existe mais espaço para o preconceito e a intolerância". Alguém tenta apagar a mensagem, contudo, esta opção não está disponível. Em seguida, aparece a frase "existem mensagens que não podem mais ser apagadas. A dos direitos LGBTQIA+ é uma delas".

O Ferroviário, por sua vez, fez alusão a origem histórica do clube. "Nascemos da diferença e, contra qualquer tipo de preconceito, sempre lutaremos", disse a mensagem do Tubarão da Barra.

Agremiações de outros países também fizeram postagens em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Barcelona, da Espanha, River Plate, da Argentina, e Chivas Guadalajara, do México, são alguns exemplos.

Dentro de campo, mas no último domingo, 27, também aconteceram manifestações desse teor. A que mais chamou atenção foi a do argentino Germán Cano, atacante do Vasco-RJ. Ele marcou o primeiro gol do Cruzmaltino contra o Brusque-SC, em São Januário, pela Série B e, na comemoração, ergueu a bandeirinha de escanteio, que estava com as cores do arco-íris, que representa a comunidade LGBTQIA+. Ele recebeu cartão amarelo por ter mexido no item do campo.

Além disso, a equipe carioca atuou com uma versão diferente da camisa, com a faixa transversal colorida, em alusão à data comemorativa. Flamengo e Fluminense foram outros times brasileiros que fizeram homenagens nas camisas no domingo, mas com números com as cores do arco-íris.

Também em alusão à data, o Grupo Arco Íris de Conscientização ajuizou ação na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, contra a CBF, questionando a entidade sobre a ausência do número 24 na camisa dos inscritos da seleção brasileira na Copa América. O time é o único a evitar o número que, no Brasil, é relacionado ao veado no Jogo do Bicho. O animal também virou termo pejorativo para designar homens homossexuais. No torneio continental, cada federação pôde inscrever até 26 atletas, em vez dos tradicionais 23.

A data de ontem faz referência à Revolta de Stonewall, a primeira grande rebelião na luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+. O movimento ocorreu no dia 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos.

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