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Com 18 medalhistas de ouro, Brasil terá 301 atletas na Olimpíada de Tóquio-2020
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Com 18 medalhistas de ouro, Brasil terá 301 atletas na Olimpíada de Tóquio-2020

Delegação será a segunda maior da história, só atrás da Rio-2016, em que o País era sede e recebeu uma série de convites para classificação direta. Dos 301, 9 têm vínculos com o Ceará
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Dono de dois ouros, Robert Scheidt é um dos 18 campeões olímpicos do Brasil na Tóquio-2020 (Foto: William West / AFP)
Foto: William West / AFP Dono de dois ouros, Robert Scheidt é um dos 18 campeões olímpicos do Brasil na Tóquio-2020

A 10 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) já está com a operação Tóquio-2020 a todo vapor. Com equipes espalhadas por oito bases exclusivas, além de estruturas montadas na Vila Olímpica e em duas vilas satélites, o Time Brasil terá uma delegação recorde no Japão: 301 atletas, em 35 modalidades, maiores números da história do país em uma edição realizada no exterior, e 18 substitutos.

Em Tóquio, o Time Brasil contará com a participação de 31 medalhistas olímpicos, sendo 18 campeões: Arthur Zanetti, da ginástica artística; Thiago Braz, do atletismo; Rodrigo Pessoa, do hipismo saltos; Kahena Kunze, Martine Grael e Robert Scheidt, da vela; Bruninho, Douglas Souza, Fernanda Garay, Lucão, Lucarelli, Maurício Borges, Maurício Souza, Natália, Tandara e Wallace, do vôlei de quadra; e Alison e Bruno Schmidt, do vôlei de praia.

"Planejamos a Missão para os Jogos de Tóquio durante anos. O fuso horário e os hábitos alimentares eram um grande desafio, mas sequer imaginávamos que teríamos um desafio ainda maior com a pandemia. É importante ter os atletas em sua melhor performance possível, mas tê-los seguros é essencial", afirmou Marco La Porta, vice-presidente do COB e Chefe de Missão em Tóquio.

"Antigamente, chegávamos aos Jogos com cinco a sete modalidades com chances de medalha. Hoje, passamos de 10. Estamos ansiosos para ver nossos atletas atingirem suas melhores performances durante os Jogos Olímpicos"", completou.

A equipe brasileira será composta por 161 homens (53,5%) e 140 mulheres (46,5%). Nesta contagem não estão incluídos os 18 atletas "alternates", denominação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para eventuais substitutos em modalidades específicas — para o Brasil são em handebol, futebol, tênis de mesa, atletismo e hipismo.

174 atletas farão a sua estreia no maior evento esportivo do mundo. Ao todo, 79 atletas já se encontram em solo japonês até ontem. São integrantes das seguintes modalidades: canoagem slalom, vela, judô, rúgbi, boxe, vôlei de praia, natação, tênis de mesa e handebol masculino. Nos próximos dois dias está prevista a chegada de outros 50 atletas — do handebol feminino e do vôlei nesta quarta; e do taekwondo, hipismo adestramento e parte da equipe do judô na quinta.

"Das 50 modalidades em disputa, nos classificamos em 35 (70%). É um número significativo. Temos uma delegação de qualidade, com atletas que conquistaram resultados expressivos nos últimos anos e que vão fazer seu melhor para trazer alegria e orgulho para a população brasileira. Essa é uma das nossas metas aqui. Mais do que trazer medalhas, trazer alegria para todos que nos acompanham. Viemos aqui buscar a melhor representação esportiva para o nosso país", explicou Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB.

Já em Tóquio

A terça-feira ficou marcada também pela abertura da Vila Olímpica. Oficiais do Time Brasil já estão no local cuidando dos últimos detalhes antes da chegada dos atletas brasileiros. João Victor Oliva, do hipismo adestramento, será o primeiro a conhecer o local, amanhã. Já a canoísta Ana Sátila foi a primeira a desembarcar no Japão, há uma semana.

"A caminhada foi muito desafiadora para os atletas. No início da pandemia, não conseguíamos treinar e passamos por muita dificuldade. Então, foi uma felicidade muito grande poder entrar no Japão depois de tudo isso e também especial ter sido a primeira a chegar aqui", disse Ana Sátila, que participa dos Jogos pela terceira vez na carreira.

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