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Ceará encontra equilíbrio entre ataque e defesa, mas a parte ofensiva está no limite
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Ceará encontra equilíbrio entre ataque e defesa, mas a parte ofensiva está no limite

Alvinegro tem conseguido manter regularidade com a produção ofensiva que possui, mas um aumento no número de gols marcados daria mais segurança à boa campanha
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Atacante Cléber, do Ceará, tenta voltar à boa fase da temporada passada
 (Foto: Felipe Santos / Ceará SC)
Foto: Felipe Santos / Ceará SC Atacante Cléber, do Ceará, tenta voltar à boa fase da temporada passada

Quem acompanha todos os jogos do Ceará na Série A sabe que desempenho vistoso em campo não é um dos pontos altos do times. Mas fato é que, mesmo sem apresentar um futebol de encher os olhos na maioria das partidas, o Alvinegro encontrou algo que é essencial para a disputa do Campeonato Brasileiro: equilíbrio.

Não à toa o time está na sétima colocação e sem perder há nove duelos. Depois de passar por um momento turbulento no início da competição, provavelmente ainda em consequência das perdas de títulos e eliminações de competições paralelas, o Vovô conseguiu resolver os problemas defensivos e deixar o ataque no limite do aceitável.

Para deixar mais claro, basta dizer que somente cinco equipes da Série A sofreram menos gols que o Vovô. Já em termos de poderio ofensivo, o Alvinegro está dentro do G-10 — ou seja, é melhor que pelo menos metade dos concorrentes.

O time começou a chegar perto do “ponto do doce” quando empatou fora de casa com o Internacional-RS em 1 a 1, ainda na 5ª rodada. Dali em diante começaria a sequência de invencibilidade e, nos oito jogos que o clube teria pela frente, até a 13ª rodada, disputada semana passada, a meta do Ceará seria vazada apenas cinco vezes (contando com a partida frente ao Colorado). Antes, em três jogos, o Vovô havia sofrido sete gols.

Quanto aos números de ataque, é necessário olhar os dois lados do copo, o meio cheio e o meio vazio. Em nove partidas, o Alvinegros fez nove tentos, o que significa que a cada duelo, em tese, pelo menos um gol o time comandado por Guto Ferreira fará. A artilharia magra conduziu a equipe até bem próximo ao G-6, com 19 pontos, mas é necessário ponderar até quando ela será suficiente.

Dados do site especializado em estatísticas SofaScore mostram que a taxa de conversão em gols do Ceará é de apenas 11%. Por jogo, os jogadores do Vovô finalizam, em média, cerca de 10 bolas e somente uma vem entrando. Se considerarmos apenas os chutes certos, que vão no gol, a conversão sobe um pouco, mas fica na casa dos 25%.

Ainda segundo o SofaScore, em cada jogo, o Ceará tem entre uma e duas chances reais de gol, mas, em média, uma destas oportunidades é desperdiçada. Não há dúvidas, portanto, que a parte ofensiva precisa ser mais trabalhada por Guto Ferreira, que até admitiu essa necessidade na última coletiva concedida.

Na Série A do ano passado, neste mesmo ponto, o Alvinegro havia marcado 15 tentos, um a mais que hoje, mesmo sendo o 14º colocado. A conta fecha quando se olha pro desempenho defensivo da equipe, que em 13 rodadas havia levado 20 gols, bem mais que os 12 atuais. Em resumo, o equilíbrio tem sido essencial para o Vovô, mas há como melhorar.

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