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"Felizão", Bruno Fratus é bronze nos 50m livre na natação na Olimpíada de Tóquio
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"Felizão", Bruno Fratus é bronze nos 50m livre na natação na Olimpíada de Tóquio

Um dos mais regulares nadadores de provas rápidas, o brasileiro finalmente conquistou o objetivo que perseguia há anos
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Bruno Fratus comemora a conquista do bronze na final da prova masculina de natação dos 50m livre (Foto: Attila KISBENEDEK / AFP)
Foto: Attila KISBENEDEK / AFP Bruno Fratus comemora a conquista do bronze na final da prova masculina de natação dos 50m livre

O nadador brasileiro Bruno Fratus conquistou a medalha de bronze nos 50m livre na manhã deste domingo (noite de sábado no Brasil), nos Jogos de Tóquio.

No Centro Aquático da capital japonesa, Fratus completou a prova com o tempo de 21s57, atrás do medalhista de ouro americano Caeleb Dressel (21s07), que bateu o recorde olímpico que pertencia ao brasileiro César Cielo (21s30), estabelecido em Pequim-2008, e do francês Florent Manaudou (21s55), que ganhou a prata.

"(O grito da conquista) estava entalado desde 2011, quando disputei meu primeiro mundial. Depois, 2012 aquela Olimpíada do quase. Depois do Rio (2016), principalmente. Finalmente realizei meu sonho olímpico", declarou o brasileiro ao fim da competição, em entrevista ao canal SporTV.

Em sua terceira participação em Jogos Olímpicos, o nadador nascido em Macaé (RJ) já havia chegado a duas finais nos 50m livre, ficando em quarto em Londres 2012 e sexto na Rio 2016. Nesta, viralizou pela resposta sincera (e grosseira) ao ironizar uma repórter que perguntou se ele estava chateado com o resultado. "Tô felizão, terminei em sexto", disse à época, pedindo desculpas em seguida.

Perguntado, ele voltou ao assunto. "Era isso que eu tinha para falar, tô felizão. Feliz pra... caramba, para não dizer outra coisa", comemorou, com um enorme sorriso no rosto. 

O atleta de 32 anos é o nono nadador do Brasil a subir no pódio individual nas Olimpíadas, além de ser o responsável pela quarta medalha do país nos 50m livre do maior evento esportivo do mundo, depois de Fernando Scherer, o Xuxa, bronze em Atlanta-1996 e o ainda recordista mundial da prova, Cesar Cielo, ouro em Pequim-2008 e bronze em Londres-2012.

"Tenho que agradecer a muita gente do COB, da CBDA e do Minas Tênis Clube e publicamente eu queria agradecer dois caras, um é o Cesar Cielo, que mostrou que era possível há uns anos atrás. No começo da minha carreira, se eu não tivesse tido a oportunidade de competir ao lado de quem eu acredito ser o melhor velocista da história eu não teria chegado aqui hoje. E agradecer ao Fernando Scheffer (bronze em Tóquio nos 200m livre), que mostrou essa semana que era possível", disse Fratus ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A medalha de Bruno Fratus também representa a primeira de um atleta treinado por uma mulher na natação brasileira. Ele é orientado pelo americano Breatt Hawke e por sua esposa, Michelle Lenhardt, ex-nadadora olímpica, que o acompanhou em Tóquio.

"Ganhar este bronze me livra de muita pressão sobre mim. Nas últimas semanas tenho estado na minha própria bolha, fora das redes sociais. Ganhar essa medalha de bronze é ótimo", celebrou o atleta.

Após a premiação, com a medalha no peito, o brasileiro beijou o pódio e correu para os braços de Michelle, que estava na área da piscina.

Antes das duas medalhas conquistadas no Japão, a última vez que o Brasil teve um representante no pódio olímpico na natação foi em Londres-2012, com a prata de Thiago Pereira nos 400m medley e o bronze de César Cielo nos 50m livre. Na Rio-2016, nenhum brasileiro foi premiado.

Bruno Fratus tem três pratas e um bronze em mundiais, entre 2015 e 2019. Dessas quatro medalhas, três foram nos 50m. A outra foi uma prata no revezamento 4x100m livre em Budapeste-2017.

Nos Jogos Pan-Americanos ganhou cinco medalhas de ouro, sendo que duas (50m livre e 4x100m livre) na última edição da competição, a realizada em Lima em 2019.

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