Mauro Carmélio será reeleito presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF) hoje. A chapa “Para continuar crescendo”, encabeçada por ele, que tem como vice o vereador Eudes Bringel, foi a única a se inscrever no pleito da entidade novamente, contando com o apoio da maioria dos clubes e ligas. Com a reeleição, o dirigente vai comandar a FCF até dezembro de 2025.
A votação vai ocorrer na sede da FCF entre 10 horas e o meio-dia, com a apuração ocorrendo logo em seguida. Têm direito a voto 23 clubes e 23 ligas. Destes, apenas o Fortaleza Esporte Clube não declarou apoio à reeleição de Carmélio. A posse da nova diretoria, no entanto, só ocorrerá dia 16 de dezembro, quando o atual mandato chega ao fim.
A eleição deveria ter ocorrido há três semanas, mas o Fortaleza conseguiu na Justiça Comum a suspensão do pleito, alegando desacordo com o que rege a Lei Pelé. Uma comissão apartada da FCF foi formada e o processo refeito desde o início.
Em entrevista ao programa Esportes do Povo, da rádio O POVO CBN, na sexta-feira, 6, Mauro Carmélio, que é de uma família muito ligada ao Fortaleza e é abertamente torcedor do Tricolor, se disse magoado em não ter o apoio do clube.
“Magoa, entristece muito, pelo que a (minha) família é, pelo que meu tio foi, o Fares Lopes (ex-presidente da FCF), pelos meus irmãos, pelo meu filho, que já está trabalhando comigo, sendo tricolor. É um problema interno que eu não queria nem muito falar porque magoa muita gente, quando falamos dessa situação. Fico muito feliz pela compreensão dos demais clubes, que reconhecem o trabalho feito pelo crescimento do futebol cearense nesses últimos anos. Por essa situação, dói um pouco menos, mas dói demais internamente pela situação do que está acontecendo", disse Carmélio, sem especificar exatamente do que falava, alegando apenas que era uma questão na administração do Fortaleza.
Ao O POVO, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, e o 1° vice-presidente, Marcello Desidério, afirmaram que não há nenhum problema dentro do clube.
Sobre a ida para o quarto mandato, o dirigente disse que "enquanto tiver motivação, enquanto gostar de fazer futebol e os clubes, 99% deles, concordarem com a administração”, ficará no cargo.