Cearense de Crateús, Maciel Santos conquistou a medalha de bronze na bocha nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Na disputa pelo terceiro lugar da classe BC2 (paralisados cerebrais), ele derrotou o tailandês Worawut Saengampa por 4 a 3, em disputa emocionante.
Foi a terceira medalha paralímpica de Maciel, que nasceu com paralisia cerebral e começou na modalidade aos 11 anos. Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, ele terminou com a prata nos pares. Já nos de Londres, 2012, ele garantira o ouro. O cearense também vem de grande atuação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, quando terminou com o ouro no individual e a prata por equipes.
Na bocha, todos os atletas competem em cadeira de rodas. Há quatro diferentes classes. No caso dos atletas com maior grau de comprometimento, é permitido o uso de uma calha para dar maior propulsão à bola.
Os tetraplégicos, por exemplo, que não conseguem movimentar os braços ou as pernas, usam uma faixa ou capacete na cabeça com uma agulha na ponta. O calheiro posiciona a canaleta à sua frente para que ele empurre a bola pelo instrumento com a cabeça. Assim, é considerado o mais acessível dos esportes paralímpicos.
Maciel é um dos cinco atletas representando o Estado em Tóquio. Edênia Garcia, natural do Crato, foi oitava colocada nos 50 metros costas classe S3 (lesão medular abaixo da C7). Fortalezense, David Freitas, o Brasilino, parou nas oitavas de final do tênis de mesa C3 (cadeirantes). Representante de Pindoretama, Francisco Jefferson de Lima terminou na quinta colocação a prova de lançamento de dardo, classe F64 (transtorno de movimento moderado).
Já Eriton de Aquino, natural de Fortaleza, compete no domingo, 5, como guia da atleta Edilene Boaventura, na maratona classe T12 (deficiência virtual). (Com Agência Estado)