A terceira posição na Série A e a necessidade de um simples triunfo para avançar de forma inédita à semifinal da Copa do Brasil dão o tom da temporada histórica do Fortaleza. Isso não muda o fato de que o retrospecto recente do clube incomoda. A equipe do Pici esbarrou em pênaltis perdidos e falhas defensivas nos últimos quatro jogos, emendou quatro empates e mira reação nos próximos compromissos.
Foram três igualdades no Campeonato Brasileiro e outra no mata-mata nacional. Pelas circunstâncias do duelo e pelo placar agregado no embate de ida e volta, o 2 a 2 diante do São Paulo foi celebrado, mas os placares diante de Santos-SP, Juventude-RS e Cuiabá-MT foram lamentados pelos pontos deixados pelo caminho.
A série de empates teve início diante do Peixe, em 15 de agosto, pelo Brasileirão. O Leão saiu na frente com gol de Lucas Crispim e viu o time visitante empatar na sequência com Carlos Sanchez, após falha do goleiro Marcelo Boeck. Nos minutos finais, Crispim teve a chance de decretar o triunfo em cobrança de pênalti, mas parou em defesa de João Paulo.
Seis dias depois, o Tricolor visitou o Jaconero em Caxias do Sul (RS). O zagueiro Marcelo Benevenuto abriu o placar, Ricardo Bueno aproveitou vacilo da marcação e deixou tudo igual. O escrete vermelho, azul e branco teve nova penalidade a favor no fim do jogo e voltou a desperdiçar — desta vez, Bruno Melo carimbou a trave.
No último dia 25, o Fortaleza encarou o Tricolor do Morumbi pelas quartas de final da Copa do Brasil. O sistema defensivo voltou a apresentar falhas, e o argentino Rigoni balançou as redes duas vezes. A reação visitante ocorreu nos minutos finais, com gols de Yago Pikachu e Romarinho, que evitaram o prejuízo para o confronto de volta, no próximo dia 15.
O quarto empate ocorreu na última segunda-feira, 30, quando a equipe comandada por Vojvoda não saiu do 0 a 0 com o Dourado, na Arena Castelão. Os donos da casa até criaram oportunidades e viram Walter trabalhar bem, mas mostraram pouca criatividade e dificuldade para furar a retranca adversária. Além disso, Boeck precisou mostrar serviço para assegurar o placar zerado.
O camisa 1, a propósito, foi peça-chave também nos outros compromissos para evitar que a igualdade se transformasse em revés. Contra o Juventude-RS, fez defesa importante nos acréscimos. Já diante do São Paulo, realizou intervenções decisivas para salvar a equipe de um placar mais elástico na capital paulista.
Outro ponto em comum nos quatro jogos foi a ausência de gols do trio de artilheiros do Leão na temporada, formado por Robson, David e Wellington Paulista. Dos atacantes do elenco, apenas Romarinho balançou as redes nesta sequência. A chance de encerrar o jejum será diante do Bahia, no próximo sábado, 4, às 21 horas, em Pituaçu, no encerramento do primeiro turno.
"Preocupa não ganhar, sempre. Mas não é uma preocupação em si, é uma ocupação para seguir trabalhando e poder ganhar os jogos. Na partida contra o Santos, perdemos o pênalti e o time fez uma boa partida. Contra o Juventude, perdemos pênalti também. Hoje (segunda-feira), no segundo tempo, se jogou muito tempo no campo adversário. Acredito que a análise das partidas deve ser partida a partida para ter uma análise ao final. Vamos trabalhar para seguir melhorando", ponderou Vojvoda.