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No Ceará, Tiago Nunes tem mais questões a corrigir no ataque do que na defesa
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No Ceará, Tiago Nunes tem mais questões a corrigir no ataque do que na defesa

Vovô tem baixa taxa de conversão das finalizações no gol e, na mesma quantidade de rodadas, tem menos gols marcados que nos anos mais recentes. Nunes vê chances de melhorar desempenho de Jael, Cléber e Mendoza
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Tiago Nunes, novo técnico do Ceará (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Tiago Nunes, novo técnico do Ceará

Do período que tem pela frente para fazer ajustes no Ceará antes de estrear como técnico do clube, no próximo dia 12, contra o Grêmio-RS, Tiago Nunes deverá investir boa parte do tempo disponível no setor de ataque do Vovô.

Apesar de não ser um dos times de pior ataque — é o 9º da Série A no quesito — o Alvinegro apresenta uma taxa de conversão em gols (comparação entre finalizações totais e bolas na rede) de apenas 11%. Se levarmos em consideração apenas os chutes certos, a taxa de conversão ainda fica apenas na casa dos 25%.

No próprio histórico do Ceará na Série A do Campeonato Brasileiro, o poder de fogo do time atual vem abaixo do esperado. Nas cinco edições anteriores, em comparação entre as 18 primeiras rodadas, o Vovô só supera, com os atuais 19 gols marcados, o número de tentos de 2018 (10), quando o time apresentou um péssimo início de competição; e de 2010 (15), quando era marinheiro de primeira viagem na elite de pontos corridos.

E olha que o setor do Ceará com mais opções é o de ataque. Mesmo com as saídas de Felipe Vizeu e Saulo Mineiro, o time ainda conta com 12 jogadores da posição — em que se pese que Jacaré ainda está se recuperando de cirurgia. Quem mais tem gols atualmente são Rick e Cléber, com cinco, cada.

Peças como Mendoza e Jael, por exemplo, em que muito foi investido e de quem se esperava protagonismo, estão devendo. Tiago Nunes, no entanto, destacou na coletiva de apresentação que vê boas características em ambos.

“O Jael é um atleta que tem um histórico vencedor e tem números positivos. Se você pegar também a participação efetiva dele no campo, é um cara que sempre que está jogando, a chance do Ceará de ganhar aumenta. Ele tem uma característica diferente do Cléber, que já é um jogador de muito menos mobilidade, que joga mais fixo entre os zagueiros, então depende muito mais da equipe, coletivamente, fomentar, chegar perto dele, ofertar a bola muito mais vezes para ele participar (...) Sobre o Mendoza, é um atleta que vejo ele com capacidade de jogar em mais de uma posição; mais adiantado, como um atacante centralizado, ou com uma dupla; jogar aberto pelo lado esquerdo ou direito; vindo de trás, num jogo mais de contra-ataque, então tem várias oportunidades pensando na característica dele", afirmou.

Nunes terá uma vantagem para poder dar maior enfoque na questão ofensiva, se quiser. Ele sabe que o Ceará é mais forte defensivamente e, por isso, precisa de menos ajustes no setor. Ele já avisou, inclusive, que vai manter esta característica da equipe.

“Vamos aproveitar defensivamente o que já se tem, que é uma equipe muito estruturada, com transição muito forte, jogadores com essa característica, fisicamente muito potentes e, sim, tentar explorar, no momento certo, as capacidades técnicas, os jogadores que têm potencial para tentar resolver o jogo dentro de cada momento”, disse.

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