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Um mês após troca, Fortaleza vê retomada de disputa no gol entre ídolos Boeck e Felipe Alves
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Um mês após troca, Fortaleza vê retomada de disputa no gol entre ídolos Boeck e Felipe Alves

Outrora titular absoluto, camisa 12 foi sacado após falhas em Clássico-Rei e vê brecha do atual dono da posição, que errou diante do Bahia. Vojvoda avalia possibilidade de nova mudança
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Marcelo Boeck é peça-chave do Fortaleza desde a Série C 2017 (Foto: Fotos: Aurelio Alves)
Foto: Fotos: Aurelio Alves Marcelo Boeck é peça-chave do Fortaleza desde a Série C 2017

Antes porto seguro, o gol do Fortaleza vive cenário de instabilidade em meio às falhas dos postulantes e tem disputa acirrada entre dois goleiros e ídolos. Um mês após optar por Marcelo Boeck como titular, o técnico Juan Pablo Vojvoda evita transferir responsabilidades após falhas do camisa 1, mas avalia a possibilidade de promover o retorno de Felipe Alves à meta diante do líder Atlético-MG.

A última vez em que a dupla de arqueiros disputou a posição de maneira real foi no início de 2019, quando Felipe Alves desembarcou no Pici. Por decisão do então comandante Rogério Ceni, o camisa 12 disputava jogos do Campeonato Cearense, enquanto Boeck atuava nos confrontos da Copa do Nordeste. A partir da Série A daquele ano, o recém-chegado assumiu a posição e se firmou.

A habilidade com os pés, o reflexo debaixo das traves e o bom desempenho como pegador de pênaltis fizeram o "homem de gelo" se tornar dono absoluto da vaga. Os atritos com Ceni fizeram Boeck perder espaço até no banco de reservas, mas a situação mudou após a troca no comando. No início deste ano, com Enderson Moreira, chegou a entrar em campo pelo Nordestão.

A disputa foi reaberta a partir de julho. Na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians-SP, pelo Brasileirão, Felipe Alves se lesionou e foi substituído no intervalo. Marcelo Boeck entrou e seguiu diante de São Paulo, RB Bragantino-SP e CRB-AL, com defesas importantes e apenas um gol sofrido.

Recuperado da contusão muscular, o camisa 12 retomou a posição no Clássico-Rei contra o Ceará. As falhas em todos os três gols na derrota para o arquirrival foram decisivas para Vojvoda fechar questão e escolher o camisa 1 como novo titular. A partir do jogo de volta contra o CRB-AL, em 4 de agosto, Boeck não saiu mais da equipe.

No Leão desde 2017, o gaúcho de 36 anos voltou a ser importante em alguns duelos, mas também cometeu falhas decisivas. No empate em 1 a 1 com o Santos-SP, saiu mal da meta e viu Carlos Sanchez aproveitar para balançar as redes. No revés por 4 a 2 para o Bahia, no último sábado, 4, vacilou duas vezes e sofreu com a noite inspirada do experiente Rodallega.

"Goleiros estão expostos a erros, é parte da profissão. Quem joga ou assiste futebol há muito tempo sabe que goleiros estão sempre expostos a análises muito detalhadas de jornalistas, do público, de treinadores. Goleiro é uma posição muito difícil. Acredito que Marcelo, Felipe e Max (Walef) são bons goleiros e cada um tem suas características para poder fazer da melhor maneira", ponderou o treinador argentino, após o embate em Salvador.

Após a decisão de sacar Felipe Alves em razão das falhas, o comandante do time do Pici vê o cenário se repetir com Boeck e estuda a situação. A exemplo do que ocorreu há um mês, outros membros da comissão técnica devem ser ouvidos acerca do tema, que domina discussões entre torcedores nas redes sociais. O camisa 12 esteve em campo 12 vezes no Brasileirão, enquanto o camisa 1 atuou em oito oportunidades.

"São perguntas que eu tenho que responder durante a semana com decisões. São decisões que teria de avaliar, mas o responsável pelas derrotas é o treinador. Jogadores jogam e, como jogam, acertam e se equivocam. É isso que marca o futebol, não há nada por trás disso. Os jogadores estão jogando e muitas vezes acertam, outras vezes se equivocam, como todos, na vida mesmo também", despistou Vojvoda.

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