O Ceará somou o 15º empate em 28 jogos disputados no Brasileirão, na noite de ontem, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA). No reencontro com o Bahia, atualmente comandado por Guto Ferreira, o Alvinegro ficou no 1 a 1 no placar. O time de Porangabuçu abriu o placar com o Mendoza, mas sofreu o empate poucos minutos depois, com golaço de Gilberto.
A excessiva quantidade de empates do Vovô na Série A expõe a mediocridade da campanha até agora. O ponto conquistado em Salvador leva o Ceará a 33, com quatro de vantagem sobre a zona de rebaixamento, e o mantém em 14º no Campeonato Brasileiro. Os baianos permanecem em 15º, com 32, e seguem invicto desde que o "Gordiola" assumiu o comando do clube após cinco partidas.
Na reta final do confronto, os cearenses ficaram com um a menos após expulsão infantil de Cléber. A equipe, por pouco, não sofre o gol da virada. Embora tenha resistido à pressão do Bahia quando sob desvantagem numérica, o empate na Fonte Nova pouco acrescenta à luta do Vovô contra o rebaixamento. Mesmo jogando fora de casa, o Ceará mirava a primeira vitória como visitante para se descolar do Z-4.
Quando a diretoria do Vovô decidiu trocar o comando do escrete alvinegro, tirando Guto para colocar Tiago Nunes, o objetivo era decolar na tabela do Brasileiro. A mudança foi motivada pela ambição de ter um desempenho melhor e brigar na parte de cima da tabela. Com Gordiola, o time não evoluía mais.
Dez jogos depois, o Ceará de Tiago Nunes só venceu um confronto — e contra a lanterna Chapecoense-SC, já virtualmente rebaixada. O sistema ofensivo, principal ponto de crítica sobre o trabalho de Guto, até melhorou, mas os gols perdidos têm custado caro. A defesa foi vazada 11 vezes, enquanto o ataque marcou sete gols. Os resultados até o momento são sofríveis. O aproveitamento do time com o treinador é de 30%.
Diante do Bahia, Tiago apostou no retorno de Mendoza, Jael e Fabinho entre os titulares. No primeiro tempo, o Ceará teve atuação péssima. O Esquadrão pressionou o adversário e ficou perto de balançar as redes em chute de Nino Paraíba que bateu na trave. Os baianos exploraram bastante o lado direito e se aproveitaram dos excessivos erros de passe na saída de bola da zaga alvinegra.
O Vovô só melhor nos dez minutos finais, quando o Bahia diminuiu o ritmo. O lance de maior perigo foi em falta cobrada por Jael.
Na segunda etapa, o escrete cearense voltou melhor. Abriu o placar em bela triangulação entre Vina, Jael e Mendoza, que teve tranquilidade para marcar de frente para o goleiro Danilo Fernandes. Apesar do gol, o camisa 10 errou quase tudo que tentou no jogo. A titularidade do colombiano não se justifica.
O Alvinegro teve pouco tempo para comemorar. Num "apagão defensivo" do Ceará, Gilberto se aproveitou da total liberdade dada e finalizou da entrada da área sem qualquer chance para o goleiro João Ricardo.
Depois de sofrer o gol de empate, o Ceará se manteve superior até a expulsão de Cléber. O centroavante entrou no lugar de Jael e ficou apenas 12 minutos em campo, prejudicando a equipe. A igualdade persistiu até o apito final do árbitro Antonio Dib Moraes.
Bahia
4-1-4-1: Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Jonas (Lucas Araújo) (Edson); Raí, Danielzinho (Ramírez), Patrick e Juninho Capixaba (Ronaldo); Gilberto (Rodallega). Téc: Guto Ferreira
Ceará
4-2-3-1: João Ricardo; Gabriel Dias, Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Fabinho e Fernando Sobral; Erick (Rick), Vina (Kelvyn) e Mendoza (William Oliveira); Jael (Cléber)
Gols: 8MIN/2T - Mendoza (CEA); 11MIN/2T - Gilberto (BAH)
Data: 27/10/2021
Local: Arena Fonte Nova-BA
Árbitro: Antonio Dib Moraes-PI
Assistentes: Rogério de Oliveira Braga-PI e Mauro Cezar Evangelista-PI
VAR: Vitor Carmona Metestaine-SP
Cartões amarelos: Nino Paraíba, Matheus Bahia e Lucas Araújo (BAH); Bruno Pacheco e Cléber (CEA)
Cartão vermelho: Cléber
Público pagante: 11.446
Renda: R$ 190.150
