Ceará e Fortaleza impulsionaram os programas de sócio-torcedor desde a retomada do público no Castelão. Os clubes bateram recordes de novas adesões e atingiram as metas de arrecadação em outubro. Juntas, as agremiações somam mais de R$ 16 milhões arrecadados com os planos de fidelidade até agora em 2021. Com anúncio do retorno do torcedor às praças esportivas em setembro e avanço da flexibilização das medidas de isolamento em seguida, a capacidade máxima permitida no estádio passou a 80% ontem.
Desde a retomada do público ao Castelão, em 2 de outubro, quando o Fortaleza recebeu o Atlético-GO, o time do Pici fez quatro partidas com a presença da torcida. O Tricolor começa novembro com cerca de R$ 8 milhões acumulados de receita vinda do sócio-torcedor. O clube, que tinha meta de R$ 4,8 milhões de arrecadação com o programa de fidelidade nesta temporada, já espera fechar 2021 com R$ 10 milhões.
"Houve crescimento bem significativo (desde a volta do público). Nos últimos dois meses, tivemos bastante venda. A gente avalia como muito boa (a movimentação financeira com sócios), um volume bem interessante. São números expressivos. Achamos que vai continuar nesta toada", afirma Gigliani Maia, gestor do sócio-torcedor do Tricolor do Pici, em entrevista ao O POVO.
O Fortaleza registrou em outubro o melhor mês de novas adesões de sócios-torcedores: 2.831. No mesmo período do ano passado, o número foi de apenas 698. Somente nos últimos 60 dias, a diretoria do Pici arrecadou quase R$ 6 milhões com os planos de fidelidade ativos. Atualmente, o clube tem 16.042 adeptos adimplentes.
O mesmo movimento de expansão ocorreu no Ceará, que atingiu em outubro o segundo melhor faturamento do ano do programa de sócio-torcedor, com quase R$ 1,5 milhão. O valor fica atrás apenas do acumulado em abril, quando se aproximou dos R$ 2 milhões — o período de então foi voltado a ações para novas adesões e renovações. O Vovô disputou quatro partidas no Castelão, no último mês, com presença do público.
"Deu uma alavancada boa. O segundo mês de melhor faturamento é uma resposta do retorno do público. Pelos valores dos ingressos, o torcedor entendeu que é bem melhor ser sócio. Tem também todo o relacionamento, a experiência que a gente vem entregando", ressaltou Veridiano Pinheiro, diretor de Promoções e Atividades Sociais do Ceará.
O Alvinegro entra em novembro com mais de R$ 8,5 milhões arrecadados com o sócio-torcedor. O valor ultrapassou em R$ 500 mil a meta estipulada pelo clube para a temporada 2021. A diretoria do Porangabuçu projeta fechar o ano ainda com R$ 10,5 milhões, superando os R$ 10,1 milhões registrados em 2020.
Com o impulsionamento dos números, o Ceará já está em contagem regressiva para somar 18 mil sócios-torcedores. Até ontem, faltavam apenas 88 novas adesões para o número. Com a liberação do Governo do Estado para a entrada de menores de 12 anos nos estádios de futebol sem a exigência do ciclo vacinal completo, Veridiano Pinheiro acredita na expansão do "Sócio Vozão" nos últimos meses de 2021.
"A gente espera chegar a 20 mil sócios-torcedores (até o fim do ano). A criançada deve aumentar a base e, consequentemente, os pais. Tinham muitos pais que não estavam indo para os jogos por solidariedade aos filhos", disse o dirigente.
Vale lembrar que a presença de público no Castelão segue protocolo sanitário obrigatório. Apenas torcedores com ciclo de vacinação completo há pelo menos 15 dias e uso de máscara cirúrgica (N-95 ou PFF2) podem acessar à arena esportiva. A venda de bebidas alcoólicas no estádio permanece proibida.
Sócios-torcedores: 17.969
Arrecadado em 2021: R$ 8,5 milhões
Projeção até o fim do ano: R$ 10,5 milhões
Média de público na Série A: 5.420 (quatro jogos com público)
Total de público pagante: 21.682
Sócios-torcedores: 16.042
Arrecadado em 2021: R$ 8 milhões
Projeção até o fim do ano: R$ 10 milhões
Média de público na Série A: 4.337 (quatro jogos com público)
Total de público pagante: 17.347