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Bayern desconta parte do salário de Kimmich e fecha cerco contra jogadores não vacinados
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Bayern desconta parte do salário de Kimmich e fecha cerco contra jogadores não vacinados

Amparado por lei estadual, clube bávaro cortou parte dos vencimentos de Kimmich, Gnabry, Jamal Musiala, Choupo-Moting e Cuisance após atletas optarem por não receber imunizante
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Kimmich foi punido e teve parte do salário cortado pelo Bayern após se recusar a tomar vacina contra a Covid-19 (Foto: Christof Stache / AFP)
Foto: Christof Stache / AFP Kimmich foi punido e teve parte do salário cortado pelo Bayern após se recusar a tomar vacina contra a Covid-19

O gigante alemão Bayern de Munique decidiu cortar parte dos salários de uma série de atletas que se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19. O clube bávaro irá descontar 300 mil euros (cerca de 1,9 milhão de reais) dos vencimentos de Joshua Kimmich após o volante precisar cumprir quarentena e, consequentemente, perder uma semana de treinamentos. O jogador teve contato com um infectado e, por não estar vacinado, precisou ficar sob isolamento.

Por conta da quarentena, Kimmich, um dos principais nomes do elenco, deve perder os jogos contra o Augsburg, nesta sexta-feira, 26, pelo Campeonato Alemão, e contra o Dínamo de Kiev, marcado para a próxima terça-feira, 30, pela Liga dos Campeões da Europa.

De acordo com o jornal alemão Bild, além do volante, os atacantes Serge Gnabry e Eric Maxim Choupo-Moting e os meio-campistas Jamal Musiala e Mickaël Cuisance ainda não estão vacinados contra o novo coronavírus. Os cinco poderão sofrer as sanções sempre que perderam dias de trabalho por essa motivação.

O clube está amparado em lei promulgada pelo Estado da Baviera, no último dia 1º de novembro. A partir de então, empresas estão autorizadas a reduzir o valor proporcional dos vencimentos dos seus empregados caso não estejam aptos a cumprir suas atividades por se recusarem a ser vacinados contra Covid-19 e precisarem cumprir quarentena.

A Europa está atualmente enfrentando uma quarta onda de casos de novo coronavírus. Desta vez, porém, a maioria dos casos está restrito a pessoas não vacinadas. Por conta disso, alguns países têm ampliado as sanções contra quem se recusa a ser imunizado.

A Alemanha, especialmente as regiões do sul e leste, é afetada por uma nova onda de infecções, que os especialistas e os políticos atribuem a uma das menores taxas de vacinação (68%) da Europa Ocidental.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, advertiu ontem que as atuais restrições no país "não são suficientes diante da situação dramática" provocada pelo surto de infecções de covid-19, de acordo com fontes de seu partido.

Com a atual evolução e os recordes diários de casos, a situação "será pior do que tudo o que vimos até agora", advertiu a chefe de Governo durante um encontro de dirigentes de seu partido, a conservadora União Democrata Cristã (CDU), segundo uma fonte que acompanhou o encontro.

Com o avanço do vírus, que matou mais de 99.000 pessoas no país desde o surgimento, a atual chanceler e seu provável sucessor, Olaf Scholz, decidiram na semana passada endurecer as restrições para as pessoas não vacinadas. (Com AFP)

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