Com o primeiro turno do Novo Basquete Brasil (NBB) finalizado, O POVO conversou com o técnico do Fortaleza Basquete Cearense, Alberto Bial, que abordou as impressões sobre o desempenho do time, as dificuldades e as expectativas para a sequência da temporada.
O Carcalaion terminou a 16ª rodada na 12ª colocação, com seis vitórias e dez derrotas, e acabou ficando fora do Super 8 — tradicional torneio eliminatório com os oito primeiros colocados do primeiro turno. Sobre a campanha, o treinador ressaltou todos os problemas que a equipe enfrentou e a dificuldade em ter o elenco completo por diversos fatores.
"O desempenho no primeiro turno, apesar de ter um número de vitórias menor do que a nossa meta, o time teve 'N' situações que não conseguiu ter a equipe principal toda junta. Alguns jogadores chegaram mais tarde, tivemos contusões, além desse terrível problema sanitário da influenza, da Covid-19. E, mesmo com esses problemas, o time conseguiu criar alguma identidade e jogou bem os últimos dois jogos. A gente espera que, nesse período, a situação possa melhorar para a gente fazer essa equipe jogar tudo que ela pode", disse.
"Dentro da situação, foi até melhor ficar fora do Super 8, porque nossa equipe está muito desfalcada e a participação seria pífia. A nossa grande meta desde o início da competição é chegar nos playoffs com uma equipe bem treinada, consistente e completa, que aí a gente sabe que pode conseguir resultados extraordinários", completou Bial.
Mãozinha e Granberry foram dois nomes que chegaram no decorrer da temporada e agregaram muito ao elenco Tricolor. O primeiro, inclusive, quebrou o recorde de rebotes da Liga na partida diante do Cerrado e é líder do NBB no quesito. O técnico destacou a importância dos dois e falou que o elenco está fechado até o fim da temporada.
"A chegada do Mãozinha foi importante, a do Richard Granberry também, eles trouxeram vitalidade para as duas tabelas, que deu uma equilibrada na média dos pivôs da nossa equipe. Para a temporada o time está completo, temos essa base de 18, 19 jogadores, sendo nove deles da nossa base".
Por fim, o técnico citou os principais trunfos do time e onde ele acredita que a equipe pode melhorar o desempenho para atingir os objetivos no final da temporada.
"Nós temos alguns trunfos muito positivos. Esse garrafão bem atlético, com condições de correr bem na quadra, mesclando com a experiência do Ralfi Ansaloni e do Felipe Ribeiro, e também jogadores exteriores muito bons, como o Davi Rosetto. Com esse time completo e com saúde, a gente pode ir bem longe na competição. Melhorar, a gente pode melhorar tudo. Ter um aproveitamento mais alto, não perder a estabilidade, ter um rebote sempre efetivo... Então é um trabalho de aperfeiçoamento constante para, quando chegar na hora do 'vamos ver', o time estar na ponta dos cascos", explicou o comandante.
O Fortaleza Basquete Cearense volta a quadra na próxima quarta-feira, 26, diante do Unifacisa, em Campina Grande-PB.