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Venda de Arthur Cabral para a Fiorentina abre impasse jurídico entre Ceará e Palmeiras
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Venda de Arthur Cabral para a Fiorentina abre impasse jurídico entre Ceará e Palmeiras

Basel, da Suíça, aceita proposta de R$ 92 milhões do clube italiano e sela transação. Alvinegro monitora situação, desconhece acordo do Palmeiras-SP com suíços e promete cobrar valores
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Cria do Vovô, Arthur Cabral deixa a Suíça após três temporadas (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Foto: Lucas Figueiredo/CBF Cria do Vovô, Arthur Cabral deixa a Suíça após três temporadas

A venda de Arthur Cabral por 15 milhões de euros (cerca de R$ 92 milhões), efetuada pelo Basel, da Suíça, à Fiorentina, da Itália, logo ligou o sinal de alerta na diretoria do Ceará, interessada em parte do lucro da operação. Entretanto, o Alvinegro pode não receber nada em relação à transação milionária envolvendo os clubes suíço e italiano. Uma suposta negociação do Palmeiras-SP no fim de 2021 deve gerar mais um impasse jurídico entre o Vovô e Alviverde.

Quando o atacante brasileiro foi vendido pelo clube paulista, em junho de 2020, ao Basel, foi firmado no contrato uma cláusula de 30% de mais-valia. Este acordo garantia que, numa futura venda de Arthur, o Basel repassaria ao Palmeiras este percentual em cima da diferença de valores entre o que a agremiação suíça pagou (4,4 milhões de euros) e o que receberia na nova transação.

Neste cenário, o Ceará tem entendimento jurídico sobre um acerto com o Alviverde que asseguraria divisão igualitária sobre qualquer quantia que a equipe palestrina tivesse direito — ou seja, 15% para cada.

Porém, o Palmeiras teria vendido o direito dos 30% de mais-valia ao Basel em dezembro do ano passado, de acordo com informações do portal ge. Os valores não foram revelados. Portanto, a agremiação paulista não teria qualquer participação no lucro da operação da transferência de Arthur para a Fiorentina. Entre as razões da decisão da diretoria do Alviverde estaria a manutenção do fluxo de caixa e da base do time campeão da Libertadores, que disputará o Mundial de Clubes.

O Ceará desconhece a venda do Palmeiras ao Basel da porcentagem a qual tinha direito sobre uma futura venda de Arthur. O clube do Porangabuçu monitora a situação e aguarda a oficialização da transferência para a Fiorentina, por parte do time suíço, para cobrar o Verdão. Para a diretoria alvinegra, o entendimento segue o mesmo sobre ter direito de receber metade de qualquer quantia que o time paulista ganhar.

O Vovô confia na relação amigável com a diretoria palestrina para desfecho positivo. Entretanto, o Ceará também está disposto a acionar a Fifa caso não haja acordo com o Palmeiras.

Primeiro impasse

Antes mesmo da suposta venda dos 30% por parte do Palmeiras ao Basel, as diretorias dos dois clubes brasileiros já divergiam em relação a direitos sobre uma futura negociação envolvendo Arthur. 

O Palmeiras entende que vendeu os 100% dos direitos econômicos do atacante ao Basel, em junho de 2020. Desta forma, a participação do Ceará teria se encerrado naquele momento e qualquer receita futura não necessitaria ser repartida com o Vovô.

Já o Alvinegro alega ter direito a metade do valor que o Palmeiras receberia do Basel numa eventual venda. O acerto com o clube alviverde, no entendimento da diretoria cearense, é de que as equipes permaneceriam com percentuais iguais sobre qualquer transação envolvendo o centroavante.

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