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No primeiro jogo do ano, Fortaleza manteve virtudes do time e testou movimentações
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No primeiro jogo do ano, Fortaleza manteve virtudes do time e testou movimentações

Pontos fortes da equipe em 2021 foram vistos no primeiro jogo de 2022. Vojvoda também tomou soluções caseiras para suprir lacunas de titulares que perdeu e lançou caras novas de maneira gradativa
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Jogo aéreo do Fortaleza funcionou contra o Sousa-PB (Foto: FABIO LIMA/O POVO)
Foto: FABIO LIMA/O POVO Jogo aéreo do Fortaleza funcionou contra o Sousa-PB

O primeiro jogo do Fortaleza na temporada 2022 remeteu ao melhor momento do time em 2021. Um bom entrosamento coletivo, com uma ideia de jogo bem assimilada e, principalmente, bastante intensidade.

É claro que a manutenção de boa parte do elenco do ano passado tem influência direta nisso, mas o técnico Juan Pablo Vojvoda conseguiu suprir as lacunas vazias de maneira inteligente, com peças que já tinha em casa, e posteriormente foi testando o que ganhou como reforço.

O Tricolor entrou em campo contra o Sousa-PB, no último domingo, com apenas uma cara nova, no caso, Fernando Miguel, mas o goleiro praticamente não trabalhou. O Leão foi avassalador no início e rapidamente já sustentava um placar elástico, construído com as principais virtudes que a equipe já apresentara antes.

O jogo aéreo ofensivo dos zagueiros do Leão esteve presente em dois gols da primeira etapa e um da segunda. A bola parada e os cruzamentos de Crispim incomodaram muito a defesa paraibana e uma finalização dele acabou servindo de assistência. A ligação direta que Tinga fez no lance do último gol também era um recurso já utilizado, sem falar na recuperação de bola no campo de ataque, que originou o gol de Depietri. O argentino havia terminado 2021 em alta.

Foi possível notar movimentação dos volantes Jussa e Ronald. Eles alternavam entre ir ao ataque e cobrir a defesa. A ausência de Éderson, que deixou o Pici às vésperas do time estrear, pouco foi sentida. O meia Lucas Lima, que ficou devendo na temporada anterior, teve boa atuação no primeiro jogo, demonstrando qualidade na bola parada e se movimentando por todo o campo, até mesmo descendo para jogar perto do círculo central, quando Matheus Vargas entrou.

A movimentação do time em campo rendeu elogios do treinador. "O time necessita sempre desse fator de mobilidade, não somente nesta partida, mas sempre. Intensidade é uma característica de nosso time, temos que continuar fazendo desse aspecto algo primordial. Taticamente, há partidas como essa que nós necessitamos essa troca de posições e poderá haver no futuro outras em que o jogo tem que ser mais posicional, mais fixo, para assim encontrar diferentes espaços. Isso seguirá cada estratégia por partida, mas há aspectos que não devem mudar, como ideia de jogo, de combinação de movimentação e uma vontade do time de expressar a intensidade no campo de jogo", disse Vojvoda.

Sem os principais atacantes de antes à disposição, o comandante tricolor apostou na juventude e no ímpeto de Depietri e Torres. O argentino não poupou ousadia, enquanto seu companheiro demonstrou bom senso de posicionamento. Ambos marcaram gol.

As novidades foram sendo lançadas gradativamente, a partir dos 18 minutos da segunda etapa. Dos três primeiros a entrar, Moisés, Vargas e Romarinho, os dois últimos participaram diretamente de gols. Quanto ao outro, recém-chegado, teve boas chances e mostrou sede nos minutos que teve, gerando expectativas para a torcida. "No dia a dia, com o Vojvoda, eu vou me adaptando ao estilo de jogar dele. Na minha estreia, ontem (domingo), eu tive um pouco de nervosismo pelo primeiro jogo. Tenho ainda algumas questões a melhorar”, se auto avaliou.

Quanto à Juninho Capixaba, ajudou nas construções ofensivas pela esquerda, porém o que chamou atenção foi que com a entrada dele, Crispim se aproximou mais do meio. Antes o ala-esquerda só deixava a função para cobrir a ala-direita ou se saísse de campo. Nesse caso, a confiança do treinador no reforço da posição parece ser maior que nas peças anteriores.

Na coletiva pós-jogo, o técnico do Leão ainda não quis fazer uma avaliação mais aprofundada dos novos jogadores, mas disse que eles executaram o que foi solicitado.

“Cumpriram a função que pedi. Faltam ainda mais jogos, mais conhecimento (do estilo de jogo), mais treinos para que eles possam demonstrar o que eu vi em vídeo ou quando (os) enfrentei, como os casos do Fernando Miguel, Capixaba; e o caso de Moisés, analisado por intermédio do CIFEC e do meu staff técnico, com vídeos. Espero o melhor de cada um, como (também) dos jogadores que temos que incorporar mais à frente, caso de Ceballos, Landázuri e Romero”, disse.

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