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Torcida do Fortaleza manda mensagem antirracista para a América do Sul
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Torcida do Fortaleza manda mensagem antirracista para a América do Sul

Com dois mosaicos abordando o tema, sendo um permanente, exposto durante todo o jogo, tricolores responderam ao ato racista sofrido no Monumental de Núñez
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Mosaico realizado pela torcida tricolor diante do River Plate
 (Foto: Staff Images / CONMEBOL)
Foto: Staff Images / CONMEBOL Mosaico realizado pela torcida tricolor diante do River Plate

No maior jogo internacional já disputado pelo Fortaleza no Castelão, a torcida tricolor deu um recado importante para o mundo, principalmente para a América do Sul.

Em um mosaico permanente, a mensagem "pare com o racismo", escrita em inglês, ficou exposta durante os 90 minutos, justamente defronte ao setor onde as câmeras de TV se posicionam.

No protocolo de entrada das equipes, antes da bola rolar, um outro desenho trazia a imagem de Pedro Basílio, jogador negro que atuou pelo Fortaleza entre as décadas 70 e 80 e tornou-se ídolo do clube, acompanhado da frase "juntos na luta".

A maneira escolhida pelo torcida do Leão para responder ao ato racista de um torcedor do River, que jogou uma banana no local destinado para os tricolores no Monumental de Núñez, no jogo de ida pela Libertadores, serviu também para outros casos acontecidos nesta mesma edição do torneio, aos quais se esperam punições aos autores, como o caso do torcedor já mencionado, que está proibido de frequentar estádios em Buenos Aires por quatro anos e pode ser processado pelo próprio clube para o qual torce e pagar a multa de R$ 30 mil imposta pela Conmebol.

No quesito apoio em campo, os tricolores também não deixaram a desejar. O clima, inclusive, era de Brasil e Argentina, tanto que alguns torcedores fizeram questão de levar uma bandeira brasileira. Sem falar que o hino nacional foi cantado à capela e em alto de bom som pela arquibancada.

A pressão da arquibancada foi sentida pelos Milionários logo com quatro minutos de jogo, quando Romero abriu o placar. A cada ataque, a arquibancada ficava de pé e fazia barulho. E quando o argentinos tinham a bola, as vaias tentavam desestabilizar o adversário.

As reações da torcida foram todas de apoio. Até mesmo depois do gol de empate. Os tricolores reconheceram a boa partida feita pelo Fortaleza e aplaudiram ao apito final mesmo sem o triunfo aguardado. A cobrança ficou para a arbitragem, que teve decisões discutíveis em campo, mas na primeira fase da Libertadores não há VAR.

Mais um gigante conheceu de perto a festa que a massa leonina faz em grandes jogos. E é provável que mais uma vez um mosaico feito no Castelão reverbere no cenário do futebol nacional e internacional.

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