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Fortaleza deve encarar o Goiás compacto na defesa e estuda opção para furar bloqueio
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Fortaleza deve encarar o Goiás compacto na defesa e estuda opção para furar bloqueio

Com Jair Ventura, Esmeraldino dificulta vida dos ataques adversários e costuma surpreender nos contra-ataques. Tricolor tem quase todos os atacantes disponíveis e o retorno de peças que oferecem alternativas para a construção de jogadas ofensivas
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Lucas Lima volta a estar à disposição após suspensão (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Lucas Lima volta a estar à disposição após suspensão

O Fortaleza deve se deparar com uma retranca, amanhã, no Castelão, quando for enfrentar o Goiás, pela 10ª rodada da Série A do Brasileiro. Treinado por Jair Ventura, o time esmeraldino costuma se defender no 5-4-1, diminuindo ao máximo os espaços para o ataque adversário e à espreita de um contragolpe fatal.

Encarar defesas compactas tem sido um problema para o Leão na temporada 2022. Ao enfrentar adversários que jogavam com linhas mais baixas, o Tricolor teve dificuldades de furar a marcação e criar chances claras de gol. Sem falar nos espaços que oferecia ao adversário enquanto tentava encontrar brechas no ataque.

O técnico Juan Pablo Vojvoda, inclusive, comentou sobre isso após o empate em casa contra o Juventude, há pouco mais de uma semana, citando o jogo entre Fortaleza e Colo-Colo, pela Libertadores da América.

“Acontece muitas vezes quando um time procura ou propõe ir em busca de outro gol, os espaços aparecem (nas costas da defesa). Foi o inverso do que aconteceu na partida contra o Colo-Colo. Nós jogamos muito compactos (contra os chilenos) na defesa e tínhamos espaços no ataque. Quando acontece o inverso, temos que encontrar espaços em 40 metros e para isso deixamos muito espaço atrás", explicou.

Nos mapas de calor das partidas do Goiás, via FootStats, é fácil notar maior presença do time atrás da linha do meio de campo, muitas vezes até com concentração bem em frente à grande área defensiva. Nos números absolutos, a equipe goiana é a segunda que menos finaliza na Série A do Brasileiro e a segunda em número de rebatidas (bolas afastadas), o que corrobora com a ideia de defesa compacta e aposta nos contra-ataques.

Com essa postura, os placares dos jogos do Esmeraldino costumam ser ajustados. Com exceção de uma derrota para o Coritiba por 3 a 0, a única da atual Série A em que Jair Ventura não era o treinador — Glauber Ramos comanda a equipe goiana —, todas as vitórias ou derrotas do Goiás tiveram a diferença de apenas um gol.

A comissão técnica do Fortaleza sabe bem o que vai enfrentar e ontem iniciou os trabalhos visando o adversário de amanhã. Para tentar abrir buracos na defesa adversária, o Leão deverá ter força máxima no ataque. Dentre os homens de frente, apenas Valentín Depietri não deve estar à disposição, devido a uma lesão. O clube não informou as atuais condições de Renato Kayzer, mas como ele já estava em transição no fim de semana, deve ser opção para Vojvoda.

O lateral-direito e zagueiro Tinga é mais um que deve desfalcar o Tricolor. Seguro na defesa, o camisa 2 também costuma ajudar bastante ofensivamente, sendo, por vezes, elemento surpresa. Sem ele, Ceballos, que retorna, ou mesmo Landázuri, que foi bem na partida anterior, contra o Flamengo, disputam a vaga na primeira linha de três, pela direita.

A volta de Felipe também pode ser uma boa alternativa para passes em profundidade, enquanto Lucas Lima, se retornar ao time titular, pode gerar espaços flutuando em campo.

No Goiás, o lateral Apodi, que geralmente é válvula de escape do time, bem como o meia Elvis, que é líder em assistências para finalização na equipe, serão desfalques. O primeiro está suspenso, assim como o volante Caio Vinícius, enquanto o segundo saiu do jogo passado lesionado. Os meias Diego, Matheusinho e Nicolas também devem ser baixas, por lesão muscular.

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