O Fortaleza venceu o último Clássico-Rei do ano, ontem, por 1 a 0, e finalmente deixou a zona de rebaixamento. O Tricolor agora é o 15º colocado, com 24 pontos. Foi também a terceira vitória consecutiva na Série A, o que garante um returno com 100% de aproveitamento até aqui.
A estratégia usada pelo Fortaleza para vencer foi a mesma dos últimos jogos. Com menos posse, a ideia era roubar bolas e chegar rapidamente à grande área adversária, com superioridade numérica sobre a defesa adversária.
O gol, por sinal, saiu dessa forma. Numa retomada no grande círculo, Sasha inicia jogada com um lançamento por cima e Galhardo disputou a bola com o primeiro defensor. Ela sobrou um pouco atrás para Robson, que rolou de lado, na esquerda, para Moisés. O camisa 21 avançou, invadiu a área, onde só estava o jovem Marcos Victor, ganhou dele na velocidade e puxou para a perna esquerda, finalizando na saída de João Ricardo e abrindo o placar.
De maneira coletiva, o Tricolor era mais organizado. Antes de abrir o placar, já havia chegado com perigo na grande área do Ceará duas vezes. Numa delas, Marcos Victor travou Galhardo na hora exata da finalização, mas Robson ainda conseguiu concluir, mandando para fora.
O Alvinegro só assustou na primeira etapa em dois momentos. Primeiro numa cabeçada de Peixoto, logo com três minutos, oriunda de um cruzamento de Nino Paraíba, que não avançou tanto e o time sentiu a falta de um atacante por ali. A outra chance foi com Vina, que acertou a trave, já aos 44 minutos, aproveitando cruzamento de Mendoza, da esquerda.
Na segunda etapa, o Ceará até que conseguiu ficar mais no campo de ataque, mas faltava repertório. De finalização no gol, somente um chute de Erick, de longe, e uma cabeçada de Lucas Ribeiro. Fernando Miguel segurou firme as duas.
O Tricolor também passou a usar mais o chute de fora da área e João Ricardo espalmou as tentativas de Zé Welison e Robson. Teve ainda uma cabeçada venenosa de Brítez e outra de de Benevenuto, que desviou no braço de Nino Paraíba. Houve reclamação de pênalti, mas a arbitragem não marcou.
Correndo pouco riscos, o Fortaleza só mexeu a primeira vez com 70 minutos jogados. Depietri, Hércules e Matheus Vargas foram lançados a campo e numa jogada que envolveu os três o placar poderia ter sido ampliado, aos 53 minutos.
O volante pegou uma sobra de bola afastada pela própria defesa, partiu pra o ataque, ganhou a disputa com o marcador e serviu o argentino na grande área, que demorou a decidir se finaliza ou dava o passe. Ele optou por rolar de lado para o meia, porém o tempo do lance foi perdido e a conclusão foi um bicudo em cima do goleiro.
Durante o segundo tempo, aos 26 minutos, houve um lance preocupante. O lateral-esquerdo do Ceará, Victor Luís, levou uma cotovelada acidental de Lucas Ribeiro e caiu em campo desacordado. O árbitro da partida percebeu a gravidade e imediatamente chamou médicos e ambulância. O jogador foi levado ao hospital para fazer exames de imagem, mas já consciente. Ele teve um trauma na cabeça, seguido de concussão.
Ceará
4-2-3-1
João Ricardo, Nino Paraíba, G. Lacerda, Marcos Victor (Lucas Ribeiro), Victor Luis (B. Pacheco); Richardson (Erick), Richard; G. Castilho, Vina (Lima), Mendoza; Peixoto (Jhon Vásquez). Téc: Marquinhos Santos
Fortaleza
4-3-3
F. Miguel; Brítez, Benevenuto, Titi, J. Capixaba; Zé Welison, Sasha, Ronald (Hércules); Galhardo (Fabrício), Moisés (Depietri), Robson (M Vargas). téc: Vojvoda
Local: Castelão, em Fortaleza-CE
Data: 14/8/2022
Horário: 16 horas
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima-RS
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi-RS e Lúcio Flor-RS
VAR: Daniel Nobre Bins
Cartões amarelos: G. Lacerda, Mendoza, Nino Paraíba (CEA) Zé Welison, Benevenuto, Roson, Galhardo (FOR)
Gols: 16min/1T - Moisés
Renda: R$ 535.204,00
Público: 33.355 total (33.315 pagantes)