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Fortaleza luta, mas empata com o Fluminense e é eliminado da Copa do Brasil
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Fortaleza luta, mas empata com o Fluminense e é eliminado da Copa do Brasil

Tricolor do Pici abriu 2 a 0 no primeira etapa, placar que garantiria a classificação da equipe para a semifinal, mas sofreu o empate no segundo tempo e deu adeus ao torneio nacional
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Leão do Pici deu adeus ao mata-mata nacional (Foto: THIAGO RIBEIRO/AG ESTADO)
Foto: THIAGO RIBEIRO/AG ESTADO Leão do Pici deu adeus ao mata-mata nacional

O Fortaleza foi valente diante de mais de 60 mil pessoas no Maracanã, chegou a abrir 2 a 0 no placar, mas cedeu o empate e foi eliminado pelo Fluminense-RJ nas quartas de final da Copa do Brasil. Com o resultado, o time comandado por Vojvoda se despede do torneio com R$ 8,8 milhões em cotas e agora terá o Brasileirão como único foco para o restante da temporada.

O Leão iniciou a partida com uma postura tática interessante, impondo uma marcação alta para sufocar a construção do Fluminense, o que consequentemente dificultou a execução da principal característica de jogo do clube carioca, de ter o controle das ações a partir da posse de bola. Além da organização na fase defensiva, o Tricolor do Pici também apresentou boa articulação no ataque, com muita movimentação e velocidade nas transições.

O começo promissor do escrete cearense tornou-se ainda mais positivo aos 11 minutos, quando Thiago Galhardo, sob os olhares do treinador da seleção brasileira, Tite, que estava Maracanã acompanhando a partida, aproveitou falha do zagueiro Nino — e de desvio em Manoel — para estufar as redes e igualar o placar agregado, cenário ideal para o Leão, que entrou em campo precisando reverter a derrota por 1 a 0 sofrida no jogo de ida.

Após o tento, o Tricolor mudou a estratégia. Antes com a marcação-pressão, Vojvoda recuou as linhas e se compactou com o intuito de atrair o Fluminense, roubar a bola e sair em rapidez no contra-ataque. A ideia funcionou bem. Não à toa, o time cearense sofreu pouco na defesa e foi extremamente eficiente no setor ofensivo. Se o início já havia sido bom, o primeiro tempo terminou melhor.

Quando o ponteiro marcava 45 minutos, Romero recebeu passe de cabeça de Zé Welison, fez o pivô e tocou para Thiago Galhardo, que de primeira devolveu a bola entre as linhas dos zagueiros cariocas, deixando o centroavante livre de qualquer marcação. O argentino, que costuma ser decisivo em confrontos de copas — foram quatro gols na Libertadores e três na Copa do Brasil —, não desperdiçou, mudando por completo o panorama da partida.

Na volta do intervalo, a pressão era toda do Fluminense, que precisava de pelo menos um gol para se manter vivo na disputa pela classificação, tendo em vista que, naquele momento, o Fortaleza vencia tanto a partida como no placar agregado (2 a 1). A atuação quase impecável apresentada pelo Leão na etapa inicial, porém, não foi reproduzida nos 45 minutos finais.

Em uma janela de 10 minutos, toda vantagem conquistada pelo Fortaleza foi destruída. Aos 17, um fato polêmico resultou no primeiro gol do Flu. Na jogada, Matheus Martins foi derrubado por Brítez e o árbitro assinalou a falta. O VAR, após revisão, indicou que a infração ocorreu dentro da grande área, sendo assim marcada a penalidade. Neste tipo de análise, o juiz não vai até a cabine de vídeo por se tratar de um lance objetivo. Na cobrança, Ganso deslocou Fernando Miguel e fez o tento.

Nove minutos depois, Nonato encontrou Jhon Arias pela direita, o colombiano arrancou pela linha de fundo e cruzou rasteiro para Cano, na pequena área, concluir de carrinho, empatando a partida. Com o 2 a 2 (3 a 2 no agregado), o Fluminense voltou a ter a classificação em sua posse e não a desperdiçou, administrando o resultado até o apito final.

Fluminense-RJ 2x2 Fortaleza

Fluminense-RJ
4-3-3: Fábio; Samuel Xavier, Nino (Martinelli), Manoel e Caio Paulista (Cris Silva); André, Nonato (Felipe Melo) e Ganso; Matheus Martins, Jhon Arias (David Duarte) e Cano. Téc: Fernando Diniz

Fortaleza
4-4-2: Fernando Miguel; Ceballos, Benevenuto, Titi e Brítez; Hércules (Otero), Zé Welison (Lucas Lima) e Matheus Vargas (Lucas Sasha); Romarinho (Moisés), Romero (Robson) e Thiago Galhardo. Téc: Vojvoda

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ
Data: 17/8/2022
Gols: Manoel (contra), aos 11, e Romero, aos 45min/1T (FOR); Ganso, aos 17, e Cano, aos 26min/2T (FLU)
Cartões amarelos: Manoel, Felipe Melo e Ganso (FLU); Hércules e Silvio Romero (FOR)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio/GO
Assistentes: Bruno Pires-Fifa/GO e Bruno Boschilia-Fifa/PR
VAR: Pablo Ramon Gonçalves/RN
Público e renda: 60.833 presentes/R$ 2.272.440,00

Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, em entrevista coletiva no Centro de Excelência Alcides Santos, no Pici
Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, em entrevista coletiva no Centro de Excelência Alcides Santos, no Pici

Presidente do Fortaleza detona arbitragem após eliminação: "Nunca vi um pênalti tão absurdo"

Por meio de um pronunciamento oficial, o presidente Marcelo Paz demonstrou total indignação com a atuação das arbitragens nos dois confrontos entre Fortaleza e Fluminense, pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Na fala, o mandatário tricolor falou sobre os dois lances polêmicos que resultaram nos gols do clube carioca ontem. No primeiro, o juiz assinalou falta em Matheus Martins fora da área, mas o VAR, após análise da imagem, marcou o pênalti. Já no tento que resultou no empate do Fluminense, a reclamação foi de que Germán Cano estaria em condição de impedimento. Além disso, Paz também relembrou o gol anulado de Romero no jogo de ida.

“Estou aqui no Maracanã e venho passar aqui a minha indignação pela arbitragem nos dois jogos, no confronto contra o Fluminense nas quartas de final da Copa do Brasil. Primeiro lá, em Fortaleza, naquele gol do Romero, do empate, que foi muito duvidoso aquele impedimento. O frame, quando coloca o frame de quando sai a bola, mas ok, contra a gente”, disse.

“Viemos pra cá, fizemos 2 a 0 e inventam um pênalti de forma ridícula. Eu acho que nunca vi um pênalti tão absurdo a ser marcado pelo VAR, que para a imagem, olha com calma, e dá um pênalti daquele. Não é coisa de torcedor do Fortaleza, do presidente do Fortaleza, é todo mundo que gosta de futebol viu a vergonha que aconteceu hoje no Maracanã”, completou.

A crítica teve como foco, também, a comissão de arbitragem da CBF. De acordo com o mandatário, os erros em demasia ocasionados pelas decisões dos árbitros nas partidas estão acabando com o espetáculo do futebol brasileiro.

“A Comissão de Arbitragem precisa rever isso, isso está acabando com o espetáculo do futebol brasileiro, dá uma desilusão no torcedor, nos jogadores que estão putos no vestiário, patrocinador que se desestimula, por erros inaceitáveis. O que justifica dar um pênalti que o árbitro não deu em campo. E depois ainda, o segundo gol do Fluminense com impedimento extremamente duvidoso. Três lances contra o Fortaleza neste confronto, todos com erro, ou no mínimo com possibilidade muito grande de erro”, disparou.

“E aí, como fica? O dinheiro da Copa do Brasil por passar de fase que não vem. Os pontos no ranking da CBF, a sequência, a moral, tudo. É um absurdo o que tem acontecido no futebol brasileiro no tocante à arbitragem. A comissão de arbitragem precisa se rever como um todo, está prejudicando rodada a rodada. No clássico de domingo tivemos um pênalti absurdo que não foi dado. Fico com a frase de um torcedor: absurdo, mas previsível. Saímos da competição de cabeça erguida, mas muito chateados com o nível da arbitragem brasileira”, concluiu.

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