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Fortaleza tem prejuízo superior a R$ 1 milhão com quebra de cadeiras no Castelão
Esportes

Fortaleza tem prejuízo superior a R$ 1 milhão com quebra de cadeiras no Castelão

Tricolor divulgou um manifesto, com o intuito de conscientizar o torcedor quanto aos problemas que atos de vandalismo causam ao clube. São mais de 2 mil assentos danificados em jogos do Leão
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Cadeiras do Castelão têm sido danificadas com frequência (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE Cadeiras do Castelão têm sido danificadas com frequência

Por meio das redes sociais, o Fortaleza lançou ontem um manifesto sobre a quebra de cadeiras no Castelão por parte de alguns torcedores do clube em partidas do Tricolor.

Com um questionamento “quanto custa o vandalismo?”, o Fortaleza informou que o prejuízo do clube com essa situação já ultrapassou o valor de R$ 1 milhão, somente na atual temporada.

Ao todo, são 2.335 cadeiras quebradas em jogos do Leão no ano de 2022. O preço unitário de um assento da arquibancada do Castelão é de R$ 462,85. Fazendo o cálculo, a dívida do Leão é de R$ 1.080.754,75. O POVO apurou que o Fortaleza ainda vai pagar a maior parte desse montante.

Em maio, a Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv) havia informado que 997 cadeiras haviam sido danificadas por torcedores tricolores, o que gerava para o clube o débito de R$ 461.461,45. Na época, o Fortaleza tenha pagado apenas R$ 4.165.

Fazendo o comparativo, em quatro meses, foram 1.338 novas cadeiras quebradas em partidas do Leão. Só no último domingo, na partida entre Fortaleza e Botafogo, 128 assentos foram danificados.

Com o manifesto, o Fortaleza tenta conscientizar os torcedores sobre o quanto os atos de vandalismo são prejudiciais ao clube. O gerente de operações de jogos do Tricolor, Régis Aguiar, comentou o assunto.

“Essa conscientização é muito importante, tendo em vista que esses atos de vandalismo só prejudicam o clube e o espetáculo. Uma vez que não sendo identificados os seus autores, as sanções são severas, tais como perdas de mando de campo, jogos sem torcida, multas pecuniárias e demais do gênero”, disse.

Destino diferente

A publicação do Fortaleza também fez um paralelo sobre como poderia aplicar em estrutura o dinheiro que será utilizado para bancar cadeiras de um estádio que é público — mas é alugado pelos times nos dias de jogos.

Com o verba milionária, a construção do Hotel Ribamar Bezerra, ao lado do Hotel Otoni Diniz, dentro da sede do clube, poderia ser terminada. O dinheiro também custearia a reforma de dois gramados e ainda sobraria R$ 200 mil.

O gerente de operações de jogos do Tricolor afirma que há sempre a tentativa de identificar quem quebra as cadeiras, seja pelo sistema de videomonitoramento do estádio ou por coordenadores, supervisores e seguranças particulares contratados.

“Uma vez identificados os autores desses atos de vandalismo, eles são autuados pela polícia na delegacia de plantão, localizado na própria Arena Castelão, onde são feitos os procedimentos devidos, e dependendo da gravidade do delito, são presos em flagrante e encaminhados às delegacias plantonistas”, explicou Régis.

Domingo, em meio à confusão que ocorreu no setor superior sul do estádio, a Polícia Civil autuou seis homens, com idades entre 20 e 30 anos, em um de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por promover tumulto. Outro homem que aparece em imagens sendo agredido, também foi autuado pelo mesmo motivo.

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