O novo diretor de futebol do Ferroviário, Walmir Araújo, detalhou a reformulação do Ferroviário para a temporada de 2023, quando a equipe disputará a Série D após o rebaixamento, e explicou a busca por treinador, em entrevista exclusiva no programa As Frias do Sérgio, na Rádio O POVO CBN. O centroavante Edson Cariús, ídolo do Tubarão, dificilmente permanecerá no clube.
"Primeiramente precisamos trazer um bom treinador, que fique no perfil que a gente quer, um diretor administrativo que a gente possa confiar, para que daí a gente parta para fazer um novo time, porque tem que zerar, com jogadores que possam ajudar o Ferroviário", disse Walmir.
"A gente tem três nomes de treinadores. Tem o A, o B e o C, que a gente vai trabalhar em cima deles, não quero nominar aqui porque a gente ainda não se decidiu, mas existe aqui um pessoal que está desempregado que seria muito oportuno se fosse para o Ferroviário", acrescentou.
Sem entrar em maiores detalhes, o dirigente citou os nomes de Oliveira Canindé e Washington Luiz como boas opções.
O centroavante Edson Cariús tem contrato até 30 de outubro com o Ferrão. Com a queda para a Série D, o Tubarão não deve ter condições de honrar com os salários do atacante de 33 anos, que foi o artilheiro do time em 2022 com 12 gols.
"Pelo salário dele e a condição que o Ferroviário tem agora, é difícil ele renovar. Mesmo também porque me contaram que ele está conversando com o pessoal do Floresta, porque o Newton (ex-presidente do Ferroviário) está lá e poderá levá-lo para lá. Eu gosto muito dele, mas acho que o espaço dele no Ferroviário já passou", afirmou.
Em meio à reformulação do elenco, o clube tem reapresentação prevista para o fim do mês de novembro para iniciar os trabalhos visando a temporada de 2023. "Nós estamos planejando começar os trabalhos no dia 10 de novembro, aproximadamente. Mas a chapa única ainda vai ser homologada. Então no dia 24 desse mês nós vamos ser aclamados lá e daí a gente vai começar a trabalhar para se preparar para os campeonatos que devem começar em janeiro de 2023", projetou.
Sobre a receita do clube, o diretor citou que o Ferroviário terá cerca de R$ 1 milhão em caixa para começar a montagem do elenco "O Ferroviário tem uma receita da Copa do Brasil, que é de R$ 600 mil, aproximadamente, R$ 350 mil do Governo do Estado, o que dá aproximadamente R$ 1 milhão. É com esse milhão que a gente vai começar a montar o elenco. Também temos outros patrocinadores pequenos, que ajudam", contou Walmir.
Por fim, o dirigente também ressaltou o desejo da equipe mandar seus jogos, prioritariamente, na Vila Olímpica Elzir Cabral: "Eu tenho total interesse que o Ferroviário mande seus jogos lá na Barra, porque é um campo onde o clube treina, então eu já disse que a nossa opção principal é jogar no Elzir Cabral", finalizou.
Rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro, o clube também passa por mudanças na presidência, inclusive com a nova chapa tomando posse no dia 24 de setembro, que será presidida por Aderson Maia Júnior.
Walmir foi presidente do Ferroviário de 2017 a 2019, onde conquistou títulos do Brasileirão Série D, Taça Fares Lopes e Taça dos Campeões. Além disso, foi na gestão dele que o Tubarão da Barra voltou a figurar no cenário nacional. Depois do vice-campeonato cearense em 2017, o time disputou a Copa do Nordeste e Copa do Brasil em 2018.