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Renovação, Lucho e torcida: João Ricardo abre o jogo no Ceará
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Renovação, Lucho e torcida: João Ricardo abre o jogo no Ceará

Em entrevista exclusiva, goleiro expõe o desejo de permanecer no Ceará por mais três anos, detalha os trunfos do treinador argentino e exalta a torcida alvinegra
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Goleiro alvinegro falou sobre trajetória no clube (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Goleiro alvinegro falou sobre trajetória no clube

Protagonista dentro de campo e líder interno no elenco, João Ricardo tem sido um importante pilar para o Ceará na temporada. Querido pela massa alvinegra, o goleiro quer construir uma história longeva em Porangabuçu e abriu o jogo: o desejo é de ficar mais três anos no clube. Em entrevista exclusiva ao O POVO, o arqueiro falou sobre a atual situação contratual, o impacto causado pelo treinador Lucho González e a relação com a torcida.

Embora o vínculo entre João Ricardo e Ceará termine no fim de 2022, existe uma cláusula no contrato que garante a renovação automática por mais um ano. Para isso, algumas metas precisam ser cumpridas, o que não deve ser problema, tendo em vista que, de acordo com o goleiro, a maior parte destes objetivos já foram alcançados e a permanência para a próxima temporada está bem encaminhada.

“Tem umas metas estipuladas em contrato. A grande maioria já foi atingida, mas faltam algumas. Acredito que vamos dar sequência. Tenho vontade, gosto muito daqui, minha família gosta. Se der pra ficar pelo menos mais uns três anos, quem sabe. [...] Como eu tenho um pré-contrato pré-estabelecido, então acho que não tem essa urgência no momento. Querendo ou não, o ano que vem está quase garantido já (de permanecer no Ceará)”, contou.

Pelo lado do Ceará, o interesse de que a extensão seja para além de 2023 também existe. Valorizado, João Ricardo figura com destaque no cenário nacional, principalmente pelo ótimo desempenho no Brasileirão, no qual é o goleiro com o maior número de defesas, totalizando 81 intervenções em 25 jogos.

“É difícil falar em ser o melhor goleiro ou estar no top-3. A gente trabalha muito para estar sempre entre os melhores. Quando se dedica, o resultado vem dentro de campo. Lógico que, desde o ano passado, eu praticamente só tive momentos bons individuais aqui, mas não vou me eleger como top-3 ou melhor. Talvez entre os melhores, a gente trabalha muito pra isso. Acho que o objetivo individual não só meu, mas de qualquer goleiro, é sempre estar entre os melhores”, analisou.

O impacto de Lucho González

Antes adversário dentro de campo, João Ricardo agora convive com Lucho González de uma forma diferente. O argentino, que se aposentou dos gramados em 2021, está tendo a sua primeira experiência como treinador no Ceará e não tem decepcionado, pelo menos não ao goleiro. Segundo o camisa 1, o comandante tem implementado ideias táticas modernas na equipe e cobrado intensidade a todo momento, além da mentalidade vencedora que possui, algo importante no vestiário.

“O Lucho foi uma chegada muito positiva. O grupo acolheu muito bem ele. Chegou com metodologias bem atualizadas, questão de posse de bola, sistema de sair jogando de trás, cobrando muita intensidade, que foi uma coisa que me agradou muito, ele cobrar essa intensidade e entrega nos trabalhos. O próprio histórico da carreira dele também, as conquistas, isso agrega muito para nós”, enfatizou.

O grande desafio neste início de trabalho, de acordo com João Ricardo, tem sido a assimilação da proposta de jogo. Diante da metodologia de Lucho, de marcação em bloco alto, marcação intensa e velocidade na transição, o goleiro pontuou que a equipe ainda precisa aprender a cadenciar melhor o ritmo para conseguir manter o nível de atuação equilibrado entre os tempos.

“A gente não consegue ainda ficar os 90 minutos com a mesma postura, é uma coisa muito nova, recente, e não sabemos ainda cadenciar o jogo o tempo inteiro. Mas é uma questão de adaptação e ajustes. Criamos uma expectativa muito positiva, ele cobra muita intensidade nos trabalhos, os jogadores estão se desgastando mais e se dedicando mais. A expectativa é muito positiva em relação ao trabalho dele”, explicou.

Relação com a torcida

João Ricardo construiu histórias bonitas em outros clubes, como América-MG e Chapecoense. Foi no Ceará, entretanto, que o arqueiro encontrou uma atmosfera diferente nos estádios. Questionado sobre o que mais o marcou em sua passagem pelo Vovô até então, o camisa 1 foi enfático: a torcida.

“Acredito que marcou muito a torcida. A vibração deles, o estádio pulsa quando está cheio. Você vê o carinho e o afeto, o quanto o torcedor gosta do clube aqui. Talvez pelos outros clubes que eu passei, lógico que tinha o carinho e afeto, mas não tinha a mesma grandeza (de torcida) como é no Ceará. Fico feliz com todo esse apoio”, contou.

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