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Argentina e Brasil tentam quebrar domínio europeu; Marrocos quer seguir como surpresa
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Argentina e Brasil tentam quebrar domínio europeu; Marrocos quer seguir como surpresa

Quartas de final da Copa do Mundo do Catar começam amanhã e têm mais dois jogos no sábado, 10. Sul-americanos querem voltar a conquistar a taça
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Messi tenta conduzir hermanos ao título mundial (Foto: Odd ANDERSEN / AFP)
Foto: Odd ANDERSEN / AFP Messi tenta conduzir hermanos ao título mundial

Depois de quase 20 dias de competição e 56 jogos disputados, já estão definidas as quartas de final da Copa do Mundo, que começam amanhã com os duelos entre Brasil x Croácia e Argentina x Holanda, com os sul-americanos tentando romper o domínio europeu nas últimas edições do torneio, enquanto do outro lado da chave a surpresa Marrocos quer continuar fazendo história.

Entre as oito melhores seleções do Mundial estão todas as que partiram como favoritas nas oitavas de final... Exceto a Espanha. A Roja se despediu após cair nos pênaltis para o Marrocos, que igualou Camarões (1990), Senegal (2002) e Gana (2010) como as únicas equipes africanas a chegarem às quartas de final da Copa. Nenhuma delas conseguiu avançar às semifinais, por isso os Leões do Atlas têm uma grande chance de fazer história.

Seu próximo adversário será Portugal, que atropelou a Suíça nas oitavas (6 a 1), apesar de o treinador português ter deixado no banco o astro Cristiano Ronaldo, após o atacante reagir mal quando foi substituído no último jogo da fase de grupos, contra a Coreia do Sul.

Seu substituto, o jovem atacante do Benfica, Gonçalo Ramos (21 anos), respondeu marcando três gols contra os suíços. Até sábado, 10, uma das grandes questões para Santos será decidir se mantém Cristiano no banco e pensar na reação do jogador, que ainda está sem clube, após rescindir seu contrato com o Manchester United. 

Um dia antes, entrarão em campo as duas grandes potências sul-americanas, as únicas, a priori, capazes de dar fim ao domínio da Europa, que ganhou os últimos quatro Mundiais. Primeiro, será a vez do Brasil medir forças com a Croácia no estádio Cidade da Educação.

No caminho dos comandados de Tite estará uma Croácia tão veterana — ainda liderada pelo experiente Luka Modric, de 37 anos — quanto acostumada a sofrer. Nas últimas quatro grandes competições, os croatas disputaram sete jogos eliminatórios e em apenas um deles não tiveram que ir para a prorrogação: na derrota por 4 a 2 na final do Mundial de 2018, contra a França.

Outra equipe que se acostumou a sofrer nesta Copa é a Argentina. Desde a surpreendente derrota na estreia para a Arábia Saudita (2 a 1), a Albiceleste só jogou "finais" e até o momento venceu todas graças à inspiração do capitão Lionel Messi e ao suporte de jogadores que, a princípio, não teriam protagonismo, como Julián Álvarez, Enzo Fernández e o goleiro Emiliano Martínez.

Os argentinos enfrentarão nas quartas a Holanda, no estádio Lusail. O histórico do confronto tem momentos inesquecíveis, como a final de 1978, que terminou com a vitória da Argentina em casa, e o duelo pelas quartas em 1998, vencido pelos holandeses. No último encontro, em 2014, a Albiceleste eliminou nos pênaltis a Laranja Mecânica nas semifinais.

Embate europeu

Já no próximo sábado, França e Inglaterra se enfrentam no estádio Al-Bayt por uma vaga nas semis, num duelo entre duas equipes que mostraram grande poderio ofensivo no torneio, mas algumas fragilidades na defesa.

Será outra boa oportunidade para acompanhar de perto Kylian Mbappé, que comandou os Bleus contra a Polônia nas oitavas (dois gols e uma assistência na vitória por 3 a 1) e é o artilheiro do Mundial, com cinco gols. "A Copa do Mundo é uma obsessão, é a competição dos meus sonhos", declarou o camisa 10 francês após a vitória sobre os poloneses.

Mas o time do técnico Didier Deschamps não se limita só a Mbappé. Apesar de ter perdido peças importantes antes do torneio, como Pogba, Kanté e Benzema, seus substitutos responderam até agora com grandes atuações.

Tchouameni e Rabiot se tornaram a espinha dorsal que dão equilíbrio ao sistema de Deschamps, que escala Griezmann como meia, Mbappé e Dembelé nas pontas, e Olivier Giroud, que se tornou o maior artilheiro da história da seleção francesa, no comando do ataque.

Por sua vez, o time da Inglaterra também mostra qualidade no setor ofensivo, com o capitão Harry Kane muito bem acompanhado por jovens talentosos como Saka, Bellingham, Foden, Rashford, Mount e Grealish.

As quartas de final no Catar prometem suspense e fortes emoções.

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