Referência técnica da atual geração da seleção brasileira, a presença de Neymar no próximo ciclo visando a Copa do Mundo de 2026 ainda é incerta. Na carreira, o atacante do PSG disputou três edições do torneio com a camisa amarela, mas os resultados não foram bons: lesão traumática em 2014 e eliminações precoces em 2018 e 2022.
"Se eu falar que esse é o fim, eu estaria me precipitando, mas também não garanto nada", disse ao SporTV. "Eu quero pensar no que eu quero para mim. Eu não estou fechando as portas para a seleção, mas também não digo 100% que eu vou voltar. Por isso que eu quero pensar um pouco mais sobre isso", disse.
"Parece que é um pesadelo, não dá para acreditar no que está acontecendo. Agora, é abraçar as pessoas mais próximas que podem dar conforto. Essa derrota vai doer por muito tempo, por isso que é tão triste. Queria agradecer ao torcedor brasileiro pelo apoio, carinho e respeito", completou o camisa 10.
Em uma entrevista concedida em 2021, Neymar deixou claro que a Copa no Catar poderia ser a última pela seleção. Apesar da idade favorável para um novo ciclo — apenas 30 anos —, o atacante disse, na época, que não sabia se teria condições, principalmente mentais, de continuar jogando futebol.
A fome pelo hexa, entretanto, pode ser grande peso na decisão de Neymar sobre estar ou não presente na próxima Copa do Mundo. Em 2026, o Brasil completará 24 anos sem disputar uma final do torneio.
Neymar estreou pela seleção brasileira em Copa do Mundo na edição de 2014, sob um contexto especial, já que o Mundial daquele ano foi realizado no Brasil. Com quatro gols nos dois primeiros jogos do torneio — dois na Croácia e dois em Camarões —, o atacante se firmou como principal nome do time.
O ótimo momento de Neymar, entretanto, foi freado nas quartas de final, contra a Colômbia, após uma entrada violenta de Zúñiga, que fraturou a lombar do atacante e o tirou da Copa do Mundo. Consequentemente, ficou fora do fatídico 7 a 1 contra a Alemanha, na semifinal.
Na Copa de 2018, na Rússia, Neymar foi novamente o grande nome da seleção brasileira, mas com desempenho comedido em relação aos gols marcados — somente dois em cinco jogos. Desta vez, sem lesão, o atacante esteve em campo no duelo contra a Bélgica, pelas quartas de final, e não conseguiu evitar a eliminação para os europeus.
Na atual edição, Neymar voltou a sofrer com lesão. Na estreia, contra a Sérvia, o camisa 10 deixou o campo com uma entorse no tornozelo e desfalcou o Brasil nos dois jogos seguintes da fase de grupos. O retorno aconteceu nas oitavas, contra a Coreia do Sul, e ele balançou as redes.
Diante da Croácia, nas quartas, Neymar foi decisivo no tempo regulamentar. Na prorrogação, marcou um golaço que garantiria a classificação para a semifinal, mas o empate dos croatas, já no fim do segundo tempo extra, levou a disputa aos pênaltis — o camisa 10 não conseguiu bater, tendo em vista que a seleção foi eliminada antes.
Apesar da amarga eliminação, Neymar, com o gol marcado diante da Croácia, igualou, segundo a Fifa, a marca de Pelé como maior artilheiro da seleção brasileira, com 77 tentos marcados.
(2014) - 4 gols
Brasil 3 x 1 Croácia - Fase de Grupos (2 gols)
Camarões 1 x 4 Brasil - Fase de Grupos (2 gols)
(2018) - 2 gols
Brasil 2 x 0 Costa Rica - Fase de Grupos (1 gol)
Brasil 2 x 0 México - Oitavas de Final (1 gol)
(2022) - 2 gols
Brasil 4 x 1 Coreia do Sul - Oitavas de final (1 gol)
Brasil 1 (2) x 1 (4) Croácia - Quartas de final (1 gol)