Tite fechou o trabalho de seis anos à frente da seleção brasileira, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trabalha para buscar um novo nome para dar início ao ciclo visando a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México.
Após duas Copas consecutivas caindo nas quartas de final, a discussão para a entidade ir em busca de um técnico estrangeiro cresceu, uma vez que dois portugueses recentemente fizeram grandes trabalhos em território brasileiro, que são os casos de Jorge Jesus, no Flamengo, e Abel Ferreira, no Palmeiras.
No entanto, existe uma forte resistência por parte da torcida na ideia de treinadores de outros países no comando da Amarelinha. Neste cenário, nomes como Fernando Diniz, do Fluminense, e Dorival Júnior, ex-Flamengo, ganharam força. Porém, diferentemente de Tite e dos antecessores do gaúcho, não existe uma unanimidade em território nacional apontada para assumir a seleção.
A CBF, contudo, parece mais disposta em apostar em um nome de fora. Antes da Copa do Catar, um dos vices da entidade, Francisco Noveletto, havia revelado uma consulta pelo técnico Pep Guardiola, atualmente no Manchester City e considerado um dos melhores do mundo, mas que o salário do comandante seria “impagável”, pois os valores girariam em torno de 24 milhões de euros por ano, aproximadamente R$ 136 milhões na cotação atual.
O dirigente também elogiou Abel Ferreira e afirmou que o técnico do Palmeiras é “abrasileirado”, o que geraria maior aceitação por parte dos torcedores.
E o nome da vez na mesa da CBF é de Carlo Ancelotti, o técnico multicampeão que recentemente conquistou a Liga dos Campeões com o Real Madrid e que conta com os brasileiros Vinícius Júnior, Rodrygo e Éder Militão no plantel do clube merengue. Conforme informado pela Gazeta Esportiva, a entidade nacional estaria disposta a aguardar o fim da temporada europeia, em junho de 2023, para contar com o italiano.
Ancelotti é a opção estrangeira com maior aceitação na torcida, tendo em vista o currículo vitorioso em grandes clubes ao longo da carreira e a boa relação com estrelas no vestiário. O técnico de 63 anos também sabe trabalhar com jovens, já que Vinícius Júnior e Rodrygo tiveram mais oportunidades no time espanhol após ele voltar ao comando da equipe.
Mesmo que não haja um perfil definido para buscar um novo técnico, ir além de opções nacionais e reconhecer que no mercado internacional podem existir soluções para que a Amarelinha volte a ser protagonista em Copas do Mundo é um acerto da CBF para o ciclo de 2026.