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Em derrota, reservas do Ceará desperdiçam oportunidade para ganhar espaço no time
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Em derrota, reservas do Ceará desperdiçam oportunidade para ganhar espaço no time

A derrota para o Vitória não causou dano para o Vovô na temporada, mas foi uma chance desperdiçada pelos reservas, que não aproveitaram a chance para aumentar a competitividade interna
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Alfredo Aguilar teve atuação questionada em Salvador (Foto: Felipe Santos/Cearasc.com)
Foto: Felipe Santos/Cearasc.com Alfredo Aguilar teve atuação questionada em Salvador

A derrota para o Vitória-BA não trouxe grandes impactos para o bom momento que o Ceará vive na Copa do Nordeste, afinal a equipe segue como líder do Grupo B e com a classificação bem encaminhada, mas serviu como oportunidade para que jogadores com menor minutagem pudessem ter espaço em uma partida completa, contexto importante para a disputa por posição no elenco.

Na prática, entretanto, o coletivo e o individual não empolgaram. Como conjunto, o Vovô foi pragmático, pouco objetivo e lento nas articulações, contexto até natural pela falta de entrosamento da equipe, tendo em vista que pouco atuaram juntos nesta temporada. Em paralelo, o péssimo desempenho particular de atletas que possuem expectativas altas deixaram impressões ruins.

Começando pelo sistema defensivo, o goleiro Alfredo Aguilar não transmite confiança. Experiente, o arqueiro paraguaio de 34 anos falhou feio no segundo gol do Vitória e costuma se atrapalhar quando é exigido — em 2023, jogou quatro partidas e sofreu cinco tentos. O lateral-direito Igor, responsável por cometer o pênalti que resultou na abertura do placar, também tem tido dificuldade para se firmar, seja no time titular ou como opção no banco.

Por outro lado, a estreia do jovem zagueiro Jefferson foi um ponto positivo. Com personalidade, o defensor fez uma partida segura dentro do contexto e não se escondeu, sendo responsável diversas vezes, por exemplo, pela saída de bola a partir do campo de defesa. Lacerda, Formiga, Caíque e Maranhão tiveram apresentações tímidas.

No setor ofensivo, um dos trunfos do Vovô quando joga com o time titular, a dificuldade de encaixe das características se colocou como um dos principais problemas da equipe alternativa — e isso afeta, sim, o rendimento individual. No 4-3-3, esquema em que a presença de atletas velocistas que são bons no um contra um é fundamental, Chay e Hygor ficam apagados.

Por serem mais construtores, os dois atacam pouco a linha de fundo e tendem a centralizar as jogadas, movimento que facilita a marcação adversária na maioria das vezes. Luvannor, como referência na área, pouco consegue contribuir, enquanto Jean Carlos, embora se coloque como a peça mais competitiva para brigar por uma vaga no time titular, também sofre com a dinâmica sem Erick, Janderson e Vitor Gabriel.

Com um time titular sólido e bem encaixado, o desafio de Morínigo agora é entender as opções que possui no banco para, a partir das características individuais de cada atleta, conseguir extrair o máximo. Nitidamente há boas peças entre os suplentes no elenco do Vovô, com potencial técnico e rodagem, mas que atuando juntos não funcionaram até o momento.

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