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Fortaleza perde novamente para Cerro no Paraguai e cai na Libertadores
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Fortaleza perde novamente para Cerro no Paraguai e cai na Libertadores

Tricolor perdeu por 2 a 1 em Assunção e foi eliminado com o agregado de 3 a 1. Em contrapartida, Leão ganhou vaga na fase de grupos da Copa Sul-Americana
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Leão do Pici foi batido pelo Ciclone fora de casa (Foto: NORBERTO DUARTE / AFP)
Foto: NORBERTO DUARTE / AFP Leão do Pici foi batido pelo Ciclone fora de casa

Acabou a Libertadores da América para o Fortaleza em 2023. No Paraguai, o Tricolor voltou a perder para o Cerro Porteño-PAR, desta vez por 2 a 1, e com o placar agregado de 3 a 1 para os paraguaios, foi eliminado.

Com a queda na fase 3, o Tricolor garantiu uma vaga na etapa de grupos da Copa Sul-Americana. O sorteio das chaves será feito dia 27 de março, e o Leão está no pote 4.

No estádio General Pablo Rojas, ontem à noite, o Fortaleza entrou em campo com uma formação que preenchia mais o meio de campo, com o intuito de oferecer menos espaços para os contragolpes rápidos do Cerro. Diante disso, o time paraguaio apostou as fichas em bolas cruzadas e conseguiu assustar logo cedo, aos 2 minutos. Báez fez levantamento do lado esquerdo e Churín cabeceou, obrigando João Ricardo a saltar para fazer a defesa.

A resposta do Leão veio pouco tempo depois, em um dos poucos ataques construídos pelo lado direito. Pochettino fez um lançamento na grande área para Lucero, livre na grande área, e o camisa 9 cabeceou no contrapé de Jean, que espalmou. Galhardo pegou a sobra e finalizou, mas o goleiro adversário salvou novamente.

O Tricolor explorava mais o lado esquerdo, onde atuavam Crispim e Romarinho e por onde Lucero caía mais. Hércules mais deslocado pela direita, na segunda linha, não conseguia apoiar bem, tampouco fechava o espaço, por isso o Cerro teve muito espaço por ali com Báez. Carrizo, porém, era o jogador que mais se movimentava e confundia a marcação do Leão.

Apesar de ter menos posse de bola, o Fortaleza conseguiu ter mais volume ofensivo na metade do primeiro tempo, no entanto não transformava isso em chances claras de gol. Algumas vezes os jogadores da equipe paraguaia parava potenciais ataques com faltas, recurso que já tinham utilizado no Castelão.

A segunda oportunidade real, por exemplo, só veio aos 23, com uma tabela entre Galhardo e Pochettino, que terminou com um chute do atacante em cima de um defensor. Ele ainda teve outra chance, aos 46, após passe de longa distância de Caio Alexandre, mas concluiu fraco e Jean pegou novamente.

O Ciclone manteve a estratégia de cruzamentos até o fim da primeira etapa e contou com duas falhas de Benevenuto. Na primeira, o zagueiro tentou se antecipar para cortar uma bola levantada, mas furou e deu oportunidade para Aquino desviar de perna direita; João Ricardo segurou. Depois, o camisa 5 foi jogar o cruzamento de Espínola para fora e mandou na trave. O rebote se apresentou para Carrizo, sozinho na grande área. Caio chegou atrasado de carrinho para bloquear e o argentino mandou no canto direito da meta leonina.

Vojvoda voltou com Pikachu na ponta direita e o atleta poderia ter empatado aos dez minutos, aproveitando bola levantada por Crispim, mas errou a finalização. Brítez também levou certo perigo com um chute de fora da área, que desviou e encobriu a meta do Cerro.

Os donos da casa esperavam um pouco mais o Fortaleza na segunda etapa para tentar encaixar contra-ataques e, em uma das escapadas pela direita, conseguiram uma falta quase na linha de fundo. Os paraguaios tinham uma jogada ensaiada e executaram bem. Carrizo cobrou jogando a bola no começo da grande área, do mesmo lado, e Aquino chegou batendo de primeira, mandando no ângulo de João Ricardo.

A situação ficava ainda mais difícil e o Tricolor viu uma chance de reação imediata parar de novo no goleiro do Cerro, quando Lucero recebeu passe preciso de Galhardo na grande área e, cara a cara com Jean, perdeu o duelo.

Como o Leão tinha que se lançar ao ataque para correr atrás do prejuízo, o Ciclone passou a encaixar vários contragolpes e poderia ter ampliado o placar. Até marcou duas vezes, mas com jogadores em posição irregular.

O Fortaleza conseguiu diminuir, já nos acréscimos, com uma bola longa para Júnior Santos, que ganhou da defesa, deu um corte na grande área e rolou para Guilherme concluir. O autor do gol se chocou com a trave e nem conseguiu celebrar. Os dois saíram do banco.

Cerro Porteño 2x1 Fortaleza

Cerro Porteño-PAR
4-4-2: Jean; Espínola, Patiño, Piris da Motta e Báez; Cláudio Aquino (Samudio), Cardozo Lucena (Fernandéz), Wilder Viera e Carrizo (Giménez); Churín (Babadilla) e Morales (Fariña). Téc: Facundo Sava

Fortaleza
3-4-3: João Ricardo; Brítez, Benevenuto e Titi; Hércules (Calebe), Caio Alexandre, Pochettino e Crispim; Thiago Galhardo (Jr Santos), Romarinho (Pikachu) e Lucero (Romero). Tec: Vojvoda

Local: Estádio General Pablo Rojas, em Assunção
Data: 16/3/2023
Árbitro: Jesús Valenzuela-VEN
Assistentes: Jorge Urrego-VEN e Túlio Moreno-VEN
VAR: Juan Soto-VEN
Cartões amarelos: Wilder Viera, Churín, Báez e Cardozo Lucena (CER); Benevenuto e Lucero (FOR)
Gols: Carrizo, aos 31min/1T, e Aquino, aos 17min/2T (CER); Guilherme, aos 48min/2T (FOR)

Torcedores do Fortaleza assistem ao jogo contra o Cerro Porteño em bares e restaurantes de Fortaleza
Torcedores do Fortaleza assistem ao jogo contra o Cerro Porteño em bares e restaurantes de Fortaleza

Torcedores do Fortaleza se reúnem em bares e lamentam queda na Libertadores

O clima de chuva não intimidou a torcida do Fortaleza, que lotou bares e restaurantes pela capital cearense na noite de ontem para acompanhar o decisivo duelo entre o Leão do Pici e o Cerro Porteño-PAR, realizado na cidade de Assunção, no Paraguai. Na Varjota, O POVO acompanhou de perto as reações dos tricolores.

Apesar da desvantagem do Fortaleza no placar, a preocupação de Thiago Alisson antes da bola rolar era outro. Fã incondicional de Tinga, o torcedor de 23 anos lamentou a ausência do lateral e revelou ter feito uma tatuagem na coxa com a imagem do camisa 2 como forma de demonstrar admiração. O sonho dele é de um dia conhecer o jogador pessoalmente.

“Eu estou triste, porque um dos melhores jogadores para mim não vai jogar hoje (quinta-feira), que é o Tinga. Um cara sensacional. Sou apaixonado por esse cara desde aquele dia que ele deu o passe para o Cassiano, que foi histórico, no finalzinho do jogo. Esse ano eu pude levar ele para mim com uma memória e também em uma tatuagem, que eu fiz dele esse ano. Sou doido para conhecer ele. Não tive tempo ainda, mas se Deus quiser, um dia eu vou conhecer esse grande cara. Para mim ele é como tudo", disse.

No geral, a expectativa dos torcedores presentes no Assis era de otimismo pela classificação. O gol do Cerro Porteño, entretanto, já na reta final do primeiro tempo, mudou um pouco as perspectivas e causou desânimo. A maior lamentação ficou por conta de um lance protagonizado por Lucero e Galhardo, nos minutos iniciais, quando ambos perderam gols inacreditáveis.

No segundo tempo, O POVO foi até o Alenca’s Bar, na Parquelândia. Com todas as mesas ocupadas, alguns torcedores foram obrigados a assistir ao jogo em pé, o que não foi nenhum problema — o segundo gol do clube paraguaio, sim, causou incômodo. O semblante de frustração pela eliminação logo foi substituído pelo otimismo na Sul-Americana, que passa a ser a nova competição continental do Leão em 2023.

“Eu acredito muito na diretoria, que ao decorrer dos anos tem desenvolvido um ótimo papel. Não vamos desistir porque virão coisas boas para a próxima competição (Sul-Americana)”, disse o torcedor Erick, de 29 anos.

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