A derrota para o Palmeiras por 3 a 0, ontem, no Allianz Parque, deixou a situação do Fortaleza quase irreversível na Copa do Brasil. No jogo de volta, dia 31, no Castelão, o Tricolor precisa de uma vitória por pelo menos três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis e por quatro ou mais para classificar de forma direta.
Ciente da força do Palmeiras em casa, o Fortaleza sabia que era importante sair à frente no placar e buscou surpreender logo no começo, tentando o primeiro ataque logo após a batida do centro, mas sem sucesso. O Verdão respondeu no lance seguinte e, com poucos minutos, já empurrava o Tricolor para o campo de defesa.
O volume de jogo do Palmeiras o fez chegar na grande área adversária algumas vezes, mesmo que nem todas as tentativas tivessem conclusão. Em uma delas, Caio Alexandre interceptou um passe que veio da esquerda e Rony tentou tomar a frente, atingindo o jogador tricolor na cintura. Na disputa de bola, os dois caíram e o árbitro marcou penalidade a favor do time da casa, o que deixou os visitantes na bronca. Veiga cobrou, aos 10, e marcou o primeiro gol.
Com mais posse de bola, o Verdão era o único time que tinha construção ofensiva e aos 16, em chute rasteiro, Tabata obrigou João Ricardo a espalmar para escanteio. Na cobrança, Gustavo Gómez cabeceou e o goleiro do Leão espalmou; Tabata pegou a sobra, também em cabeçada, e mais uma vez houve defesa, porém a bola já havia passado da linha da meta. De toda forma, o zagueiro que havia cabeceado primeiro conferiu mais duas vezes até ver a rede balançar.
Com uma margem mais segura no placar, o Palmeiras diminuiu o ritmo e viu o Fortaleza equilibrar a posse de bola. O Leão, no entanto, não conseguia encaixar passes verticais, tampouco lançamentos e o lado direito pouco funcionou ofensivamente. Os lampejos do Tricolor no ataque eram fruto de jogadas individuais de Romarinho, que teve três tentativas de finalização desviadas.
O Palmeiras apostava em contra-ataques rápidos, ao recuperar a bola, para buscar mais chances claras de gols e tentar resolver o confronto logo no primeiro jogo, porém conseguiu encaixá-los mais no segundo tempo.
A equipe comandada por Juan Pablo Vojvoda até conseguiu um desempenho ofensivo melhor depois do intervalo, saltando de três para dez finalizações, porém a maioria sem levar muito perigo. Logo no começo do segundo tempo, Hércules e Titi conseguiram conclusões que poderiam sinalizar um jogo mais competitivo, porém o Palmeiras seguia respondendo à altura, mostrando que se fosse pressionado poderia encontrar mais espaço e fazer mais gols.
Vojvoda lançou Moisés, Calebe e Pochettino em campo a partir dos 15 minutos e até conseguiu algumas tramas pela direita, mas pouco depois o Palmeiras, nitidamente com mais condição física, voltou a pressionar e teve chance de esticar bastante o placar.
A cabeçada de Veiga, no meio da grande área, que explodiu na trave, a jogada individual de Rony, que terminou com a bola saindo à esquerda da meta, e o chute de fora da área de Zé Rafael foram alguns exemplos de boas oportunidades do Verdão.
O terceiro e último tento do jogo saiu aos 42 minutos. Richard Ríos, que entrou na segunda etapa, recebeu cruzamento da esquerda, fintou Tinga e bateu de canhota no canto esquerdo. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
Palmeiras
4-3-3: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino (Fabinho) e Veiga (Breno Lopes); Tabata (Luis Guilherme), Dudu (Richard Ríos) e Rony (Rafael Navarro). Téc: Abel Ferreira
Fortaleza
4-3-3: João Ricardo; Tinga, Brítez, Titi e Lucas Crispim (Dudu); Zanocelo (Zé Welison), Caio Alexandre e Hércules (Pochettino); Pikachu (Calebe), Romarinho (Moisés) e Lucero. Téc: Vojvoda
Local: Allianz Parque, em São Paulo/SP
Data: 17/5/2023
Árbitro: Wagner Magalhães-Fifa/RJ
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa-Fifa/RJ e Luiz Cláudio Regazone/RJ
VAR: Rodrigo Nunes de Sá-VAR-Fifa/RJ
Cartões amarelos: Pikachu e Tinga (FOR)
Gols: 10min/1T - Veiga; 17min/1T - Tabata; 42min/2T - Richard Ríos