O brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, foi mais uma vez vítima de racismo no Campeonato Espanhol, desta vez durante a partida com o Valencia, no Estádio Mestalla, que acabou com a derrota merengue por 1 a 0.
O jogo foi paralisado por volta dos 25 minutos e só foi retomado depois de sete minutos. O brasileiro identificou um dos torcedores que estava proferindo cânticos racistas e precisou ser segurado pelos companheiros. O locutor do estádio pediu para que os insultos parassem para que a partida fosse retomada.
Na partida, Vini ainda foi expulso nos acréscimos, aos 52 minutos do segundo tempo, por envolvimento em uma confusão com jogadores do Valencia. O atacante recebeu o cartão vermelho por atingir Hugo Duro, do Valencia, com o braço. A reação se deu após o brasileiro ser segurado pelo pescoço pelo mesmo jogador durante a discussão.
Após o ocorrido, o jogador declarou, através do seu Twitter, que o Campeonato Espanhol "hoje é dos racistas", mas afirmou que vai continuar na luta contra eles até o fim.
"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também, e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui", desabafou.
Como lembrado na própria publicação de Vini Jr., essa não é a primeira vez que o brasileiro é alvo de ofensas racistas de torcedores adversários nesta temporada na La Liga. O mesmo também aconteceu em jogos contra o Atlético de Madrid, Valladolid e Mallorca.
Depois do texto do jogador, Javier Tebas Medrano, presidente da Liga, preferiu atacar o brasileiro. Em resposta, Vinicius afirmou não ser amigo do mandatário para conversar sobre racismo e pediu ações e punições.