Após 28 anos, o Brasil voltou a ser eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina. Na manhã de ontem, a seleção brasileira empatou sem gols com a Jamaica e finalizou a primeira fase do certame na terceira colocação do grupo F, se despedindo precocemente do Mundial.
Nos três jogos disputados na fase de grupos, a Canarinho venceu apenas na estreia diante do frágil Panamá, perdeu para a França e empatou com a Jamaica.
Diante da única defesa não vazada do grupo F, o Brasil se impôs sabendo que precisava de boas estratégias pra furar a última linha de marcação da retrancada Jamaica. A grande novidade na escalação visando desestabilizar defensivamente o time adversário foi Marta.
Com duas propostas de jogo bem definidas, a partida se desenhou na maior parte do primeiro tempo com domínio brasileiro. Pressionando o time jamaicano na grande área, o Brasil criou as principais chances de gol, muito embora as finalizações não fossem construídas com tanta facilidade.
A primeira grande oportunidade de gol do Brasil só ocorreu aos 10 minutos, em uma chegada de Marta com sobra de bola para Debinha. A goleira Spencer defendeu com tranquilidade, no entanto.
Sabendo da força que tinha no lado esquerdo do campo, o Brasil se utilizava de pressão nessa zona do campo para envolver a Jamaica. Lidando com uma defesa sólida, a equipe girava a bola tentando encontrar espaços após os 30 minutos, mas passou a ficar nervosa quando não encontrou.
Do outro lado do campo, a Jamaica conseguiu chegar ao gol de Lelê em duas ocasiões nos 15 minutos finais do primeiro tempo. A goleira brasileira ficou com a bola sem dificuldades nas chances criadas.
No segundo tempo, sabendo que precisava da vitória, Pia Sundhage fez alterações ofensivas. A sueca tirou Ary Borges no meio de campo e colocou Bia Zaneratto no ataque. A mudança não inibiu a equipe caribenha, entretanto. Nos primeiros minutos de jogo, as jamaicanas chegou próximas da meta da goleira Letícia, mas ainda sem criar grandes finalizações.
O Brasil passou a se aproximar um pouco mais do gol de Spencer, mas pecava nas finalizações. Conforme o tempo passava, o time também demonstrava nervosismo diante da necessidade do triunfo, embora seguisse com o domínio da posse de bola. Apesar da necessidade de mudar de postura, a técnica Pia Sundhage só promoveu mudanças aos 35 minutos da segunda etapa, que não surtiram efeito.
No minuto final, na base do desespero, até a goleira Letícia foi para área, mas de nada adiantou. Ao fim da partida, as jogadoras brasileiras foram às lágrimas, desoladas com a eliminação precoce.