Vivendo realidades opostas, mas com a mesma esperança, Atlético-MG e Botafogo duelam hoje, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, pelo título mais valioso da América do Sul: a Copa Libertadores.
Não importa o resultado, o campeão será brasileiro e alvinegro, as cores do Galo e do Fogão, que se enfrentarão pela primeira vez em uma final de Libertadores. Além de levantar o troféu, o campeão ficará com a última das 32 vagas para o novo Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em 2025, nos Estados Unidos.
Também terá acesso à Copa Intercontinental, que será disputada no Catar, em dezembro do próximo ano, e enfrentará o argentino Racing, recente campeão da Copa Sul-Americana, na Recopa, em fevereiro.
O time mineiro buscará o bicampeonato continental, após alcançar a Glória Eterna em 2013, liderado por Ronaldinho Gaúcho, enquanto os cariocas chegam pela primeira à final.
As zonas turísticas da capital argentina se transformaram, nos últimos dias, em passarelas por onde desfilam os torcedores brasileiros, ansiosos pelo confronto que começará às 17 horas (de Brasília). Até o início desta semana haviam sido vendidos "cerca de 60 mil ingressos", informou uma fonte da Conmebol.
Caso não haja vencedor nos 90 minutos, a partida irá para a prorrogação. Se o empate persistir, o campeão da 65ª edição da Copa Libertadores será definido nos pênaltis.
O Botafogo chega ao duelo como favorito após protagonizar uma temporada que pode ser tão inédita quanto histórica. Impulsionado pelos investimentos de seu proprietário, o magnata norte-americano John Textor, o time da Estrela Solitária lidera o Campeonato Brasileiro a dois jogos do fim.
O técnico português Artur Jorge, de 52 anos, consolidou um ataque temido, com base no talento de quatro jogadores de seleção: os brasileiros Luiz Henrique e Igor Jesus, o venezuelano Jefferson Savarino e o argentino campeão do mundo Thiago Almada.
Na defesa, o zagueiro angolano Bastos, que é a única dúvida no time titular devido a problemas físicos, firmou-se como uma peça confiável para abrir caminho até Buenos Aires, para onde a equipe viajou após eliminar Palmeiras (oitavas), São Paulo (quartas) e Peñarol (semifinais) no mata-mata da Libertadores.
"Precisamos manter os pés no chão", disse Igor Jesus, atacante do Glorioso.
Do outro lado do campo estará um Atlético-MG que chegará ao Monumental machucado, vindo de uma sequência negativa de dez partidas sem vencer, incluindo duras derrotas para o Flamengo nas finais da Copa do Brasil.
O Galo não sabe o que é vitória desde que bateu o River Plate por 3 a 0, no jogo de ida da semifinal da Libertadores. Antes, eliminou San Lorenzo (oitavas) e o atual campeão Fluminense (quartas).
O treinador argentino Gabriel Milito, de 44 anos, tem enfrentado dificuldades para aproveitar o talento de um elenco caro, que, há algumas rodadas, deixou a disputa pelo título brasileiro e que, na Argentina, não contará com o meia argentino Matías Zaracho, lesionado.
"Estamos mal no Brasileirão, perdemos a Copa do Brasil. Ter a chance de vencer a Libertadores significa tudo", afirmou o capitão Hulk, líder de um ataque que também conta com nomes de peso como Paulinho, Deyverson e Gustavo Scarpa.
Atlético-MG
3-4-3: Everson; Lyanco, Battaglia e Junior Alonso; Gustavo Scarpa, Otávio, Alan Franco e Guilherme Arana; Hulk, Deyverson, Paulinho. Téc: Gabriel Milito
Botafogo
4-2-3-1: John; Vitinho, Bastos, Barboza e Alex Telles; Marlon Freitas e Gregore; Luiz Henrique, Savarino e Almada; Igor Jesus. Téc: Artur Jorge
Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires-ARG
Data: 30/11/2024
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Facundo Tello-ARG
Assistentes: Ezequiel Brailovsky-ARG e Gabriel Chade-ARG
VAR: Mauro Vigiliano-ARG
Transmissão: TV Globo, ESPN, Disney+ e Paramount+