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Fortaleza mostra evolução contra o Inter, mas ainda precisa melhorar na fase ofensiva
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Fortaleza mostra evolução contra o Inter, mas ainda precisa melhorar na fase ofensiva

A equipe cearense teve atuação segura na defesa e pouco sofreu, porém não conseguiu ser eficiente no ataque, algo que tem sido corriqueiro em boa parte desta temporada
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Vojvoda procura soluções para o Leão reagir na temporada
 (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Vojvoda procura soluções para o Leão reagir na temporada

A atuação do Fortaleza diante do Internacional mostrou uma evolução em comparação ao que vinha apresentando no recorte dos 14 jogos passados. Mais organizado defensivamente, o time comandado por Vojvoda sofreu poucos sustos na partida, mas ainda mostrou fragilidades que precisam ser ajustadas, sobretudo na fase ofensiva, que vive um mau momento.

O esquema com três zagueiros, que funcionou tão bem no ano de estreia de Vojvoda no Leão, em 2021, quando fez uma campanha histórica na Série A e terminou na quarta posição, voltou a ser uma preferência do técnico argentino. Na prática, o modelo tem rendido melhores resultados no aspecto defensivo. O esquema, inclusive, foi utilizado nos últimos cinco jogos.

Nesta sequência, o Fortaleza conseguiu terminar três partidas sem sofrer gols: vitória sobre o Fluminense (2 a 0) e empates com Internacional e Colo-Colo-CHI, ambos por 0 a 0 — este encerrado aos 24 minutos do segundo tempo, após a invasão de torcedores chilenos no campo. Houve ainda o duelo contra o Mirassol-SP, que terminou 1 a 1, e a derrota para o Racing-ARG, por 3 a 0, que acabou sendo a exceção.

Perante o Inter, adversário que enfrentou no domingo passado, o Leão teve sua atuação defensiva mais segura e consistente deste recorte. Destaque para o jovem Gustavo Mancha, que tem ganhado maior espaço no time titular e não sentiu o peso da crise. Pelo contrário, com personalidade, foi um dos destaques da equipe contra o Colorado, assim como o experiente David Luiz.

O desafio de Vojvoda, por outro lado, é conseguir melhorar ofensivamente o desempenho do Tricolor para que o time fique equilibrado. O comandante tem tido dificuldade para encontrar a formação “ideal” no meio-campo, mesmo com vários testes feitos. No último terço do campo, jogadores que deveriam ser protagonistas, como Lucero, Moisés e Marinho, não vivem boa fase individual.

Nos últimos dez jogos do Fortaleza, por exemplo, Lucero marcou apenas dois gols, um deles na semifinal do Campeonato Cearense, contra o Ferroviário. Marinho, em um espaço ainda maior, de 11 partidas, contribuiu com uma única assistência. Moisés até chegou a marcar um golaço de bicicleta no duelo com o Inter, mas o lance foi anulado — ele, nos dez embates recentes, fez dois gols e deu uma assistência.

O cenário se reflete nas partidas. Nos últimos cinco confrontos atuando como mandante, por exemplo, o Leão do Pici marcou apenas dois gols. Ao ampliar o recorte para os dez jogos mais recentes, considerando dentro e fora de casa, pelo Cearense, Nordestão, Brasileiro e Libertadores, foram seis tentos anotados, dois deles contra o Ferroviário e o Sousa-PB.

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