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MP cumpre mandado de busca em casa de Ênio por suspeita de manipulação
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MP cumpre mandado de busca em casa de Ênio por suspeita de manipulação

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Ênio recebeu um amarelo aos 38 minutos do primeiro tempo da partida contra o Fortaleza (Foto: Fernando Alves/ECJuventude)
Foto: Fernando Alves/ECJuventude Ênio recebeu um amarelo aos 38 minutos do primeiro tempo da partida contra o Fortaleza

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MP-RS) cumpriu dois mandados de busca ontem, um deles na casa do atacante Ênio, do Juventude, em Caxias do Sul (RS). O Gaeco investiga o atleta e outros suspeitos, não identificados, por suspeita de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O jogador ainda não se manifestou sobre a operação.

Ele é suspeito de ter recebido dois cartões amarelos, em duas partidas pela Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, com o suposto objetivo de favorecer apostas. Uma delas foi a goleada do Fortaleza no Juventude, no dia 10 de maio. Segundo o Gaeco, a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teria recebido um alerta das casas de apostas por movimentações acima do considerado normal para um cartão envolvendo o jogador e outras pessoas ligadas ao alvo.

Um dos mandados de busca aconteceu no próprio estádio Alfredo Jaconi, no armário de uso pessoal do jogador, segundo os responsáveis pela investigação. Em nota, a direção do Juventude informou que também forneceu acesso ao centro de treinamento.

"Reiteramos nosso compromisso com a integridade e a transparência, e continuamos à disposição das autoridades para colaborar com o que for necessário", registrou o Juventude. "O clube seguirá atento aos desdobramentos desta ação e tem total interesse em acompanhar o completo esclarecimento dos fatos."

Os investigadores tiveram deferidas ordens judiciais para localizar documentos, mídias e até telefones celulares dos suspeitos. "Com este material, o MPRS pretende identificar outros suspeitos envolvidos. A investigação continua", informou o Gaeco.

De acordo com os investigadores, os crimes apurados investigados são os de organização criminosa, artigo 198 da Lei Geral de Esporte e, ainda, eventual estelionato associado. O artigo 198 trata de "solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsificar o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado". A pena é de dois a seis anos de prisão, além de multa. (Agência Estado)

 

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