Uma pausa no meio de um calendário cheio. Esse é o prêmio que o Ceará terá nos próximos dias. A equipe entrou em campo pela última vez na quinta-feira, 22, quando foi eliminada pelo Palmeiras na terceira fase da Copa do Brasil, após derrota por 3 a 0, no Allianz Parque, em São Paulo.
Agora, o próximo compromisso do Alvinegro é apenas no domingo que vem, 1º de julho, quando enfrenta o Atlético-MG na Arena Castelão, pela Série A.
Neste intervalo de mais de uma semana, o técnico Léo Condé terá, finalmente, um tempo precioso para ajustes — algo raro em meio à maratona de jogos do futebol brasileiro. A pausa chega como um respiro necessário, não apenas para reorganizar a equipe dentro de campo, mas também para recuperar fisicamente o elenco, em especial nomes importantes que vinham sendo desfalques.
Um dos casos mais aguardados é o do ponta-esquerda Fernandinho. Peça importante na fase ofensiva e no equilíbrio defensivo do Vovô, o jogador está em período de transição após lesão e pode, enfim, voltar a ficar à disposição de Condé. Novamente à disposição após contusão, Aylon também pode aproveitar este período para recuperar espaço.
Outro ponto relevante é a chance de revisar o funcionamento do meio de campo. Atualmente, o trio formado por Fernando Sobral, Dieguinho e Lucas Mugni tem dado conta do recado, se entendendo bem, alternando entre a marcação forte e a organização de jogadas ofensivas.
Ainda assim, há um ponto de atenção: a produção criativa precisa ser mais efetiva para abastecer o setor ofensivo, especialmente Pedro Raul.
Artilheiro da equipe em 2025, o camisa 9 vive um jejum incômodo — já são sete partidas consecutivas sem marcar. Embora continue sendo peça-chave no esquema de Condé, o centroavante vem sendo menos acionado, o que evidencia um problema de construção de jogadas.
Os meias e pontas têm papel decisivo nesse processo. Pedro Henrique e Galeano, que atuam pelos lados, também precisam participar mais do jogo e buscar conexões com o homem de referência na área.
Com a pausa, o treinador poderá analisar, com calma, alternativas para potencializar o setor ofensivo. Pode haver mudanças de posicionamento, entrada de novos nomes e até experimentos com variações táticas — algo que o curto intervalo entre partidas vinha impedindo. É a chance de repensar o modelo de jogo e buscar soluções para recuperar o faro de gol do artilheiro.
Mais do que um simples intervalo, este período de recesso é uma oportunidade de recomeço. O Alvinegro de Porangabuçu tem a chance de se reorganizar, corrigir erros, recuperar forças e, quem sabe, retornar mais competitivo. O duelo contra o Atlético-MG marcará o início de uma nova etapa. Cabe agora ao time e à comissão técnica aproveitarem cada dia com inteligência, trabalho e foco total.