Com pouca variação na escalação, o Ceará tem se mostrado aberto ao mercado da bola para reforçar os aspectos defensivos do meio-campo nesta temporada. A busca por um volante está diretamente ligada ao risco de desgaste de Dieguinho, um dos destaques do Alvinegro na temporada, e de Fernando Sobral, parceiro do camisa 20 na cabeça de área.
Os dois são líderes empatados em numeros de partidas na temporada, com 25, cada, enquanto Dieguinho já acumula 1.810 minutos em campo e Sobral tem 1.710, segunda e quarta maior marcas no elenco, respectivamente.
O reserva imediato da dupla, Lourenço, possui o mesmo número de jogos que os companheiros, ainda que tenha ficado "apenas" 1.188 minutos em campo. A procura por mais um volante também passa pelo desempenho dele, que não vem tendo o mesmo impacto que teve na campanha da Série B de 2024 — ele saiu do banco de reserva em 13 das 25 partidas que jogou.
Além da queda de rendimento de Lourenço, a lesão de Richardson foi um fator que motiva o Ceará a buscar um reforço. O alvo primordial foi Gabriel Baralhas, que acabou acertando com o Vitória-BA; posteriormente, o Alvinegro acabou acertando a contratação de Lucas Lima, do São Bernardo, por R$ 3 milhões. O atleta ainda não correspondeu às expectativas, atuando em apenas quatro partidas até o momento.
Jair, volante de 30 anos que atua pelo Vasco da Gama-RJ, apareceu como novo alvo do Ceará para a janela que se abrirá no dia 1º de junho. Como o contrato dele se encerra no fim da temporada 2025, as equipes negociam um empréstimo com o pagamento do salário do atleta sendo dividido entre elas.
Apesar das conversas para a saída dele do Vasco, tanto o atleta como o treinador Fernando Diniz demonstraram interesse na permanencia do volante em São Januário. O presidente do clube, Pedrinho, porém, admite que a permanência de Jair no Cruz-Maltino está "ameaçada" devido ao alto salário dele.
Além da necessidade de um volante reserva, o clube pode buscar ainda uma alternativa para o paraguaio Galeano. Vivendo grande fase, o atacante é o sexto em minutos, 1.661, e um dos líderes em jogos, com 25, e atuou como titular nas 12 partidas mais recentes.
Isso ocorre pelo fato do treinador Léo Condé fazer poucas alterações no time titular, exigindo bastante de atletas como Marllon, Lucas Mugni e Matheus Bahia. Além disso, Galeano não possui um reserva com consistência para brigar por posição.
No inicio da temporada, a ideia era que a ponta direita fosse disputada entre o paraguaio e o atacante Bruno Tubarão, que sofreu com lesões e não obteve ritmo de jogo após o retorno. Sem ele, o Vovô foi ao mercado e trouxe o argentino Alejandro Martínez, que também não teve sequência e não entra em campo desde a terceira rodada da Série A.
Com a ausência de um jogador de lado de campo consolidado, uma vez que o atacante Fernandinho está no departamento médico, Léo Condé constantemente improvisa os atacantes Aylon e Lelê, que já atuaram pelo lado direito em determinado momento da carreira, mas que se destacaram jogando de forma centralizada. Outra alternativa tem sido o meio-campista Romulo, que chegou ao Ceará para competir com Lucas Mugni pela vaga de meia-armador, mas não obteve sequência como titular.