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Eliminatórias: Brasil encara Equador, fora de casa, na estreia de Carlo Ancelotti
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Eliminatórias: Brasil encara Equador, fora de casa, na estreia de Carlo Ancelotti

A seleção brasileira volta a campo três meses após a goleada sofrida contra Argentina, que rendeu a demissão de Dorival Jr. Agora, terá o treinador mais vencedor do futebol europeu conduzindo a sinfonia na área técnica
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Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira (Foto: Nelson ALMEIDA / AFP)
Foto: Nelson ALMEIDA / AFP Carlo Ancelotti, técnico da seleção brasileira

Não há tempo para um primeiro ato sereno. A ópera italiana de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira começa com o espetáculo em andamento, uma opereta a tiro curto, sem sucesso para os últimos regentes. Faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, o italiano estreia hoje diante do organizado e competente time do Equador, às 20 horas (horário de Fortaleza), pela 15ª rodada das Eliminatórias, no estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil.

Para causar menos alçadas de sobrancelha que o comum e não deixar a batuta cair, o novo treinador da Canarinho — que teve apenas dois treinos com o plantel completo —, precisará acelerar o compasso, trocar o libreto pelo improviso e, com alguma sorte, se dar bem na abertura para não ser atingido pelos fantasmas recentes de tal ópera.

Na chegada a Guayaquil, após seis horas de voo na noite de terça-feira, a delegação foi recebida com festa por torcedores no aeroporto e na porta do hotel. O clima é de euforia pela estreia de Carlo Ancelotti no comando da equipe, mas também de receio pelo longo período sem conquistas dos representantes nacionais ou ainda de temor, diante da lembrança da partida mais recente: um retumbante 4 a 1 sofrido diante da Argentina. O resultado, diga-se, derrubou Dorival Jr., antecessor do regente italiano.

Os treinamentos indicam que o time escolhido para iniciar essa trajetória mesclará juventude e experiência. Casemiro, velho conhecido de Real Madrid, e Alex Sandro, com 14 anos de seleção; devem dividir titularidade com o jovem Estêvão, de 17 anos. O jovem veterano Vini Jr, protagonista do time de Ancelotti em seus últimos dois títulos continentais, agora terá de fazer o mesmo, mas em uma escala ainda maior.

Diante dos comandados, um técnico com falas pausadas e modos de europeu, mas que diz gostar da forma de viver do brasileiro e que quer aprender a falar português o mais rápido possível. Resta saber se, em campo, o time falará a mesma língua. Afinal, as cinco Ligas dos Campeões conquistadas por Carletto não entrarão em campo em Guayaquil.

Na atividade coletiva que realizou, esboçou uma equipe montada em um 4-3-3 — que utilizou por muito tempo no Real Madrid —, com Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson no meio de campo, mas com possibilidade de variação para um esquema 4–4-2 em losango, o que mais utilizou em 2024. O ataque é formado por Estêvão, Vini Jr e Richarlison. Na defesa, treinou com Vanderson, Alexsandro, Marquinhos e Alex Sandro.

A seleção costuma ser um atrativo para torcedores — até mesmo rivais — quando atua em outros países, ainda mais com a adição de Ancelotti. Contudo, por conta de uma punição devido à reincidência de cantos discriminatórios nas arquibancadas, o estádio teve a capacidade máxima do público vetada. Em Equador x Venezuela, foram flagrados gritos homofóbicos.

Na quarta colocação, somando 21 pontos, o Brasil tem uma campanha marcada por oscilações. Nos últimos cinco jogos, foram apenas duas vitórias. Pelo lado mandante do confronto, o Equador é um dos adversários mais difíceis entre as possibilidades.

O escrete equatoriano ocupa a segunda colocação, com 23 pontos, mesmo tendo começado o torneio com -3 na tabela — a punição veio em virtude da escalação irregular de um jogador nas Eliminatórias passadas. No time, destacam-se nomes como o zagueiro Pacho, titular e campeão da Champions com o PSG, além do volante Caicedo, titular do Chelsea e campeão da Conference League. Resta saber como descerão as cortinas do primeiro ato de Carletto, a caminho do espetáculo que ocorre em 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá.

Ficha técnica - Equador x Brasil

Equador

3-6-1: Galíndez; Ordoñez, Pacho e Hincapié; Caicedo, Vite, Alan Franco, Estupiñan, Mercado e Kendry Páez; Kevin Rodríguez. Técnico: Sebastián Beccacece.

Brasil

4-3-3: Alisson; Vanderson, Alexsandro, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estevão, Vini Jr. e Richarlison. Técnico Carlo Ancelotti.

Data: 5/6/2025
Horário: 20 horas (de Fortaleza)
Local: Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil (EQU)
Árbitro: Piero Maza (CHI)
Assistentes: Claudio Urrutia (CHI) e Alejandro Molina (CHI)
VAR: Jose Cabero (CHI)

Transmissão: TV Globo e SporTV

 

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