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Brasil empata sem gols com o Equador pelas Eliminatórias na estreia de Ancelotti
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Brasil empata sem gols com o Equador pelas Eliminatórias na estreia de Ancelotti

Em dia de times pouco inspirados, seleção não tira o zero do placar em Guayaquil. Amarelinha volta a campo na próxima terça-feira, em duelo decisivo com o Paraguai em São Paulo
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Carlo Ancelotti viu pouca ação ofensiva do Brasil no jogo (Foto: RODRIGO BUENDIA / AFP)
Foto: RODRIGO BUENDIA / AFP Carlo Ancelotti viu pouca ação ofensiva do Brasil no jogo

Nem de longe foi a estreia dos sonhos de Carlo Ancelotti. No primeiro jogo do técnico italiano à frente da seleção brasileira, o resultado foi apenas um empate, em 0 a 0, diante do Equador, ontem, fora de casa, no estádio Monumental de Guayaquil.

A pentacampeã mundial ocupa, por ora, a quarta posição das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 — ainda podendo cair mais um posto, caso a Colômbia derrote o Peru, hoje, em casa.

Brasil e Equador protagonizaram um primeiro tempo de pouca inspiração e raros momentos de emoção. Os 45 minutos iniciais foram marcados por muita disputa no meio-campo, lentidão nas construções ofensivas e decisões equivocadas nas poucas jogadas de perigo criadas.

Pressionada a mostrar evolução após atuações irregulares — quando não desastrosas — nas rodadas anteriores, a Canarinho entrou em campo com uma escalação que mesclava juventude e experiência, apostando na velocidade de Vinícius Júnior e no talento emergente de Estêvão. Do outro lado, o Equador buscava se impor diante de sua torcida, com uma postura agressiva nos primeiros minutos e maior controle da posse de bola.

Apesar do início mais ativo da seleção equatoriana, foi a brasileira quem criou a primeira grande chance da partida. Aos 21 minutos, Estêvão mostrou personalidade ao desarmar o adversário ainda no campo de defesa e arrancar com a bola. Ele tocou para Richarlison, que rapidamente encontrou Gerson em boa posição. Em vez de arriscar o chute, o camisa 8 optou por acionar Vini Jr., que tentou finalizar, mas teve o chute travado.

A equipe brasileira voltou a ameaçar aos 30 minutos, novamente com Vini Jr. sendo protagonista. Em jogada individual pela esquerda, o atacante do Real Madrid cruzou para a área, e a zaga equatoriana cortou mal. A bola sobrou limpa nos pés de Vanderson, mas o lateral-direito hesitou ao tentar dominar antes de finalizar e foi desarmado.

La Tricolor só conseguiu responder de forma mais incisiva aos 37 minutos. Em um lance de fora da área, Yeboah arriscou o chute e obrigou o goleiro Alisson a fazer a defesa em dois tempos. Foi a única finalização realmente perigosa dos donos da casa.

Com dificuldades de criação e pouca inspiração dos dois lados, o jogo se arrastou até o intervalo sem grandes emoções. O Brasil, embora tenha produzido os momentos mais promissores, pecou na tomada de decisões e não conseguiu transformar a superioridade técnica em vantagem no placar.

Já o rival brasileiro, apesar do apoio da torcida, limitou-se a tentativas esporádicas de longa distância e não conseguiu furar o bloqueio defensivo da seleção.

Restava ao segundo tempo a missão de transformar a intensidade da disputa em qualidade ofensiva. Até aquele momento, o empate sem gols traduzia bem o que foi o primeiro tempo em Guayaquil: equilibrado, mas abaixo das expectativas para dois favoritos a vagas no Mundial.

Os ajustes, todavia, vieram para o Equador. A equipe comandada por Sebastián Beccacece, com apoio massivo do torcedor, retornou dos vestiários mais atenta ao que vinha acontecendo na partida. Assim, passou a ter mais posse de bola. O Brasil de Ancelotti ainda mostrava sinais de dificuldade em se adaptar ao novo esquema de jogo e exibia claros vestígios da passagem frustrante de Dorival Júnior.

As melhores chances, portanto, vinham sendo de La Tricolor, mas esbarravam em boa atuação de Alisson, fundamental para assegurar o 0 a 0 no placar.

Na terça-feira, 10, acontecerá o primeiro encontro de Ancelotti com a torcida brasileira, diante do Paraguai, às 21h35, na Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

Equador x Brasil

Equador

3-4-3: Galindez; Ordóñez, Pacho e Hincapié; Vite, Alan Franco, Moisés Caicedo e Estupiñán; Yeobah (Kevin Rodríguez), Minda (Preciado) e Ângulo (Medina). Téc: Sebastián Beccaece

Brasil

4-3-3: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alesandro Ribeiro e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães (Andreas Pereira) e Gerson (Andrey Santos); Estevão (Martinelli), Richarlison (Matheus Cunha) e Vini Jr. Téc: Carlo Ancelotti

Local: Estádio Monumental de Guayaquil, em Guayaquil, no Equador
Data: 5/6/2025
Árbitro: Piero Maza (Chile)
Assistentes: Cláudio Urrutia e Alejandro Molina (ambos do Chile)
VAR: José Cabero (Chile)
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