De volta à elite do futebol nacional depois de duas temporadas, o Ceará vem colhendo frutos positivos dentro e fora das quatro linhas. Se em campo, o time se sagrou bicampeão cearense, avançou na Copa do Nordeste e está firme como 10º colocado do Campeonato Brasileiro, nos cofres o resultado também merece destaque.
No ano passado, a diretoria do clube previa arrecadar R$ 28,4 milhões com negociações de jogadores em 2025. Essa cifra foi alcançada ainda em janeiro. Agora, após lucro com as negociações indiretas dos atacantes Lelê e Arthru Cabral, o valor já foi superado em 40%, atingindo a casa dos R$ 40 milhões.
Ainda no início do ano, a meta foi batida após as saídas de Erick Pulga, Saulo Mineiro e David Ricardo. Nas negociações, o Vovô ficou com R$ 29 milhões. O primeiro foi vendido ao Bahia por R$ 18,8 milhões, sendo R$ 12,3 milhões destinados ao time de Porangabuçu.
Já o segundo acertou transferência para o Shanghai Shenhua, da China, por cerca de R$ 5,8 milhões. O zagueiro, por sua vez, foi vendido ao Botafogo-RJ. Na negociação, o Ceará fechou a saída do atleta de 22 anos por 1,8 milhão de dólares, equivalentes a R$ 10,8 milhões.
Ainda no primeiro mês do ano, o Alvinegro faturou mais R$ 400 mil pela ida do atacante Artur Victor ao Botafogo — o valor é resultado do mecanismo de solidariedade da Fifa. Depois, em fevereiro, o clube cearense concretizou a venda do meia Guilherme Castilho ao Juarez, do México, pelo valor de 1,5 milhão de dólares (R$ 8,6 milhões na cotação da época).
O Vovô vai agora faturar R$ 1,95 milhão com a saída do centroavante Lelê, que chegou ao clube em março por empréstimo junto ao Fluminense-RJ e foi emprestado pelos cariocas ao Nagoya Grampus, equipe da primeira divisão do futebol japonês. Ele tinha contrato com o Ceará até o fim desta temporada. O valor é referente à taxa de vitrine prevista no contrato.
Outro valor que será agregado aos cofres de Porangabuçu será proveniente da negociação de Arthur Cabral com o Botafogo. Revelado pelo time cearense, o centroavante, que pertencia ao Benfica, de Portugal, irá render ao Alvinegro cerca de R$ 1,97 milhão.
A quantia se dá por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa, que assegura 2,6% do total de qualquer negociação que envolva o atleta ao clube de Porangabuçu. Assim, o Ceará vai receber a porcentagem aplicada nos 12 milhões de euros (por volta de R$ 76 milhões) investidos pelo Glorioso na compra do atacante.
Com isso, ao todo, o Vovô faturou R$ 41,82 milhões em negociações, sejam diretas ou indiretas. O incremento de R$ 13 milhões na meta prevista significa uma maior possibilidade de reforços de bom nível de competitividade visando o restante da temporada, além de possíveis melhorias em outros setores do clube.