Após 12 dias de descanso, entre saídas e possíveis chegadas, o Fortaleza reiniciou os treinamentos para retomar a temporada 2025. Os atletas são os mesmos, a comissão também, bem como o treinador, mas o pensamento é de virada de chave, conforme acentuado por Yago Pikachu em entrevista coletiva no Pici nesta quinta-feira, 26.
Em conversa com a imprensa, o atleta destacou a importância do jogo diante do Bahia, pela Copa do Nordeste, mas citou o jogo do Brasileirão — justamente contra o maior rival, o Ceará, — como o de maior potencial para ajudar o time a virar a página e reescrever a jornada na Série A, já que nos primeiros 12 jogos disputados o Leão soma apenas duas vitórias.
"Nosso primeiro jogo é contra o Bahia, pela Copa do Nordeste, mas nosso foco também é o Clássico-Rei. Pode ser sim uma retomada, principalmente jogando no Brasileiro. Ganhar o Clássico-Rei te dá moral, confiança, e depois você tem mais jogos em casa", frisou ele, que também aproveitou a oportunidade para salientar a necessidade do grupo de se reencontrar na Arena Castelão.
"Nossa casa precisa ser novamente forte. O adversário tem que vir aqui e sofrer pra levar pontos nossos. Precisamos voltar a ser intensos em casa", finalizou.
Não há uma receita pronta para que o Fortaleza reencontre o caminho das vitórias, especialmente após um primeiro semestre "muito abaixo do esperado", conforme avaliado pelo próprio Pikachu. Mas o jogador vê no grupo uma grande disposição em mudar o cenário atual em um trabalho conjunto entre time e comissão.
"Estamos em uma situação incômoda, mas queremos sair dela o mais rápido possível e nada como o trabalho pra gente mudar esse cenário. A conversa na nossa reapresentação já foi essa de aceitar o momento, mas não querer estar nele, pois é complicado, difícil", avaliou.
Nessa conversa sobre o atual cenário do Leão, Pikachu assumiu que o mau momento do time vem de uma falha quanto ao estilo de jogo, mas que o reconhecimento dessa lacuna já é um primeiro passo para uma melhora.
"Acho que a nossa característica, estilo de jogo, é ser muito agressivo sem a bola. Acho que a gente perdeu isso em alguns momentos e tentamos resgatar nos treinamentos e nas orientações. (...) Sempre fomos de falar em pressionar o adversário para fazermos gol pois, quando você faz o gol nos primeiros 10 e 15 minutos, saindo na frente, dificilmente saímos sem somar pontos. E em algum momento perdemos isso. Precisamos recuperar isso", reconheceu.
Para buscar essa recuperação da própria identidade e da temporada, o Fortaleza terá dois grandes desafios quando a bola voltar a rolar. No dia 9 de julho, quarta-feira, às 21h30min, o Tricolor do Pici enfrenta o Bahia fora de casa pelas quartas de final do Brasileirão. Quatro dias depois, em busca de sair do Z-4 da Série A, o Leão receberá o Ceará na Arena Castelão às 20h30min.