O estádio é de futebol americano. No país, o “soccer” ainda não é assunto de bar. Em jogo, a glória de vencer uma Copa do Mundo, mas com escudos no lugar das bandeiras. Na realidade, mesmo com as surpresas na trajetória e discussões sobre nível técnico ocasionadas pela boa campanha dos brasileiros, a final será entre dois clubes europeus de cofres bilionários.
No estádio MetLife, em New Jersey, nos Estados Unidos, a bola rola às 16 horas deste domingo, 13, para Paris Saint-Germain (PSG) e Chelsea, que tentam ser os primeiros campeões do novo modelo de Copa do Mundo de Clubes — a primeira a reunir 32 times, no formato em que a competições por seleções foi realizado até a última edição.
Para disputar o jogo derradeiro pelo troféu inaugural da competição mundial, as equipes passaram pela fase de grupos e avançaram nas disputas de oitavas, quartas e semifinais. No jogo prévio à decisão, os ingleses eliminaram o Fluminense por 2 a 0, enquanto os franceses atropelaram o gigante Real Madrid por 4 a 0.
Em todo o torneio, ambos tiveram apenas uma derrota, e as duas para times do Brasil: o Chelsea perdeu por 3 a 1 para o Flamengo, enquanto o PSG doi derrotado pelo Botafogo por 1 a 0. A final é europeia, mas o torneio mostrou que o futebol sul-americano ainda tem muito a dizer, e que há jogo, até ante o primeiro escalão europeu, mesmo com a discrepância financeira.
O duelo é de campeões europeus da temporada passada. O PSG, treinado por Luis Enrique, venceu a Liga dos Campeões da Europa — a elite —, enquanto o Chelsea ergueu a taça da Liga Conferência — o terceiro patamar.
No Mundial, a equipe de Paris balançou as redes 16 vezes e sofreu apenas um gol, de Igor Jesus, que garantiu a vitória do Botafogo sobre os comandados de Luis Enrique. Por sua vez, o escrete londrino fez 14 gols e sofreu cinco.
De forma detalhada, o PSG passou em primeiro do Grupo B, com Botafogo, Atlético de Madrid e Seattle Sounders. No mata-mata, goleou o Inter Miami de Messi, tirou o Bayern de Munique com dois jogadores a menos e não tomou conhecimento dos Galáticos nas semis.
Para chegar à final, o Chelsea passou na segunda colocação do Grupo D, atrás do Flamengo e na frete de Espérance e LA Galaxy. No certame eliminatório, bateu o Benfica marcando três gols na prorrogação, derrubou o Palmeiras e tirou o Fluminense nas semifinais com dois gols de João Pedro, que chegou durante a competição.
O vice-campeão receberá mais 30 milhões de dólares (cerca de R$ 167,8 milhões), enquanto o campeão vai faturar a bagatela de 40 milhões de dólares (R$ 223,7 milhões), fora todos os bônus por vitórias, empates e classificações acumulados no torneio e o valor extra direcionado aos clubes europeus participantes.
Chelsea
4-3-3: Robert Sánchez, Reece James (Gusto), Trevoh Chalobah, Levi Colwill, Marc Cucurella;
Moisés Caicedo, Enzo Fernández, Cole Palmer; Pedro Neto, Christopher Nkunku e João Pedro. Tec: Enzo Maresca.
PSG
4-3-3: Donnaruma; Hakimi, Marquinhos, Pacho e Nuno Mendes; Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz; Doué, Kvaratskhelia e Dembelé. Téc: Luis Enrique.
Data: 13/72025
Horário: 16h (horário de Brasília)
Local: MetLife Stadium, East Rutherford, Nova Jersey, Estados Unidos
Árbitro: Alireza Faghani (Austrália)
Auxiliares: Anton Shchetinin e Ashley Beecham (Austrália)
Transmissão: DAZN, CazeTV, SporTV, Rede Globo e rádio O POVO CBN