Em noite de reencontro na Série A, o Ceará manteve o tabu e voltou a vencer o Fortaleza, desta vez por 1 a 0, ontem, na Arena Castelão, pela 13ª rodada da competição. Agora são nove jogos de invencibilidade do Alvinegro em Clássicos-Rei, com cinco triunfos e quatro empates.
O resultado positivo leva a equipe de Porangabuçu para a nona posição do Campeonato Brasileiro, com 18 pontos. Já o Tricolor segue na 18ª colocação, na zona de rebaixamento, com 10 pontos e à espera do resultado do Juventude-RS, que recebe o lanterna Sport-PE hoje, às 20 horas, em Caxias do Sul (RS).
Para o quarto Clássico-Rei de 2025, Léo Condé manteve a escalação padrão do Ceará, enquanto Juan Pablo Vojvoda fez mudanças — uma delas forçada, já durante o aquecimento. João Ricardo machucou um dedo da mão esquerda e precisou dar lugar a Brenno; Gastón Ávila e Breno Lopes também foram novidades na escalação tricolor.
Os primeiros 48 minutos do embate correram sem grandes emoções e com um gramado que não ajudava: era possível perceber que subia areia em muitos chutes dos jogadores, sobretudo na região central do campo. O Gigante da Boa Vista não recebia uma partida desde 12 de junho, quando foi palco de Fortaleza x Santos, pelo Brasileirão.
O Fortaleza tinha uma linha defensiva reforçada, formada por quatro zagueiros de origem; no meio, Martínez aparecia na direita, Matheus Pereira ficava centralizado e Lucas Sasha abria na esquerda; na frente, Pochettino espetava pela direita, Lucero ficava como homem de referência e Breno Lopes era opção de velocidade na esquerda.
Já o Ceará pressionava a saída de bola com Pedro Henrique, Pedro Raul e Mugni e, muitas vezes, conseguia atrapalhar as jogadas rivais. Fabiano Souza colava em Breno Lopes, e Dieguinho era uma opção de desafogo, conseguindo se livrar do primeiro marcador para fazer a jogada fluir. Galeano aproveitava os espaços para partir em diagonal, em direção à área.
Se os torcedores conseguiam agitar as arquibancadas com cânticos de apoio e provocações, os atletas não conseguiram criar grandes oportunidades na primeira etapa. Aos 15, Pedro Raul se antecipou à marcação para emendar cruzamento e mandou por cima do gol. Dez minutos depois, Galeano sofreu falta perigosa na entrada da área, mas Lucas Mugni não conseguiu acertar a meta de Brenno.
Com dificuldade na criação ofensiva, o Leão teve a melhor oportunidade já aos 41 minutos, quando Breno Lopes achou Lucas Sasha em passe em profundidade na área, e o volante finalizou cruzado. No último lance da etapa, Dieguinho foi derrubado próximo à área tricolor, e Pedro Henrique cobrou a falta com força, tendo desvio na barreira, o que geraria escanteio, mas Raphael Claus, diante do estouro dos acréscimos, encerrou o primeiro tempo. O Fortaleza ainda perdeu Gustavo Mancha, lesionado, que deu lugar a Diogo Barbosa, deslocando Gastón Ávila de volta para a zaga.
Na volta para a segunda etapa, o Fortaleza levantou a torcida com uma finalização de Pochettino, logos aos três minutos. Três minutos depois, o Tricolor errou na saída de bola, e Pedro Raul foi bloqueado. Fernando Sobral emendou o rebote de primeira, à esquerda do gol.
Aos 11, enfim a rede balançou no Castelão: Kuscevic errou passe, Pedro Henrique arrancou com a bola, deslocando-se da esquerda para a direita, invadiu a área e cruzou rasteiro. Pedro Raul dominou, não conseguiu finalizar, e Galeano apareceu para aproveitar o gol aberto, enchendo o pé e fazendo 1 a 0 no Clássico-Rei.
Vojvoda lançou mão de substituições para dar ofensividade ao Leão, mas o time pouco conseguiu finalizar, parando na sólida marcação alvinegra. E o Vovô ainda teve chance clara de ampliar, aos 24, quando Galeano achou Fernandinho com belo passe, e o camisa 77 saiu cara a cara com Brenno, porém mandou para fora.
Condé, então, fez mudanças para renovar o fôlego do time. Em vantagem no placar, o Ceará soube administrar o resultado e bloquear as investidas do Fortaleza, que priorizava as subidas pela esquerda e apostava em cruzamento na área — geralmente cortados por Marllon e Willian Machado. Lourenço também perdeu chance clara diante de Brenno, no minuto final. E foi nesta toada que o Alvinegro assegurou o triunfo e ampliou a sequência invicta em clássicos.
Fortaleza
4-4-2: Brenno; Brítez, Kuscevic, Gustavo Mancha (Diogo Barbosa) e Gastón Ávila; Lucas Sasha (Marinho), Matheus Pereira, Martínez (Calebe) e Pochettino; Breno Lopes (Allanzinho) e Lucero (Deyverson). Téc: Vojvoda
Ceará
4-3-3: Bruno Ferreira; Fabiano Souza (Rafael Ramos), Marllon, Willian Machado e Matheus Bahia; Fernando Sobral (Richardson), Dieguinho e Mugni (Lourenço); Pedro Henrique (Fernandinho), Pedro Raul e Galeano (Bruno Tubarão). Téc: Léo Condé
Local: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 13/7/2025
Árbitro: Raphael Claus-Fifa/SP
Assistentes: Alex Ang Ribeiro-Fifa/SP e Anne Kesy Gomes de Sá-Fifa/MA
Gols: 11min/2ºT - Galeano
Cartões amarelos: Lucas Sasha e Brítez (FOR); Pedro Henrique, Fernandinho, Fabiano Souza e Pedro Raul (CEA)
Público e renda: 32.157 presentes/R$ 1.000.035,00