Aos 23 anos, o tenista italiano Jannik Sinner já tem troféus de três dos quatro Grand Slams. O mais recente foi o de Wimbledon, conquistado neste domingo, 13, com vitória segura sobre o espanhol Carlos Alcaraz. O líder do ranking mundial tem agora quatro troféus de Majors — ele foi campeão ainda do US Open (2024) e do Australian Open (2024, 2025).
A vitória veio em grande exibição. Com histórico inferior ao do rival e vice-líder do ranking da ATP, Sinner praticamente não deu oportunidades e derrubou a sequência de 20 vitórias consecutivas de Alcaraz na grama inglesa. Foi um sonoro 3 a 1, de virada, com parciais 4-6, 6-4, 6-4 e 6-4.
Era a terceira final de Wimbledon consecutiva para Alcaraz, que vencera Sinner também na final de Roland Garros, no mês passado. Os líderes do ranking venceram os últimos sete Grand Slams, com quatro para o segundo colocado e agora três para o primeiro.
Durante a entrega do troféu, Sinner disse estar "vivendo um sonho". "Foi um torneio incrível, obrigado por ser o jogador que você é. É muito difícil jogar contra você", disse o italiano, com espírito esportivo, se dirigindo a Alcaraz.
Dentro da relação de camaradagem entre os dois novos reis do tênis mundial, Alcaraz também retribuiu com fair play. "É difícil perder, mas antes de tudo tenho que parabenizar o Jannik. É um troféu realmente merecido. Ele jogou um tênis incrível", disse o espanhol.
"Estou muito feliz por poder construir um ótimo relacionamento com ele fora das quadras e uma grande rivalidade dentro delas", acrescentou. O espanhol de 22 anos perdeu sua primeira final de Grand Slam, tendo vencido suas cinco decisões anteriores: duas em Wimbledon, duas em Roland Garros e uma no US Open.
Com o resultado, Sinner chega a 5 vitórias em 13 confrontos com Alcaraz e interrompe sequência de cinco revezes. O italiano ainda amplia a vantagem no ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). Nesta segunda-feira, 14, ele chegará a 12.030, ante 8.600 do espanhol. O terceiro colocado segue sendo o alemão Alexander Zverev, com 6.810.
O brasileiro mais bem ranqueado é João Fonseca, de 18 anos. Com a ida à terceira fase de Wimbledon, ele vai a 1.116 pontos, chegado ao 48º posto. Ele é o melhor tenista da faixa etária dele e o mais jovem esportista nacional a entrar no top-50.
A final do simples feminino, no sábado, foi tudo menos equilibrada. Pela segunda vez na história da era aberta dos Grand Slams, o título veio com uma "bicicleta" — isto é, um duplo 6-0. A taça ficou com a polonesa Iga Swiatek, tetracampeã de Roland Garros e uma vez no Aberto dos Estados Unidos. A ex-número 1 do mundo será a terceira do ranking na próxima atualização.
Apesar da derrota acachapante, a norte-americana Amanda Anisimova, 12ª do mundo, vai entrar no top-10 pela primeira vez. Ela será a sétima do mundo a partir desta segunda-feira. (Com AFP)