Após um início de temporada inconsistente, na qual estava longe de ser uma unanimidade entre os torcedores, Antonio Galeano, aos poucos, foi se firmando no Ceará. O atacante, que recompõe e marca incansavelmente durante todos os seus minutos em campo, possui valências que não só agradam ao técnico Léo Condé, mas também casam com o momento atual do clube, que prioriza exatamente isso: entrega, dedicação e esforço.
No Clássico-Rei, Galeano conseguiu ir além. Novamente muito disciplinado taticamente, o paraguaio também foi decisivo. No segundo tempo, surgiu na pequena área do rival, aproveitou a sobra de bola após dividida entre Pedro Raul e o goleiro Brenno e empurrou para o fundo das redes. Foi o primeiro gol dele contra o Fortaleza e o único do Ceará na partida — tento este que garantiu a importante vitória do time de Porangabuçu.
"Primeiramente, (estou) feliz. Feliz pelos companheiros também, pela entrega, pelo gol. A gente trabalhou muito bem nessa parada. Todo mundo está bem, todo mundo está pelo mesmo caminho. Então é continuar assim. Cada jogador que tem a oportunidade de jogar faz a parte dele. Então, (estou) muito feliz. Agora é só comemorar a vitória, que é importante, é clássico. Aí depois, quarta-feira (contra o Corinthians), tem mais", celebrou em entrevista após o jogo diante do Fortaleza, nesse domingo.
Além de ter marcado o gol, Galeano também realizou, durante os 81 minutos em que esteve em campo, dois passes decisivos — um deles deixou Fernandinho cara a cara com Brenno, sem nenhuma marcação. O atacante, entretanto, acabou finalizando por cima da trave, desperdiçando o que seria uma assistência do paraguaio e, consequentemente, outra participação direta na construção do placar do Vovô.
Em paralelo às boas ações ofensivas que teve, o ponta de 25 anos se destacou nos momentos sem a bola. Ao todo, no Clássico-Rei, Galeano venceu 60% dos duelos disputados no chão (foram três de cinco combates bem-sucedidos) e superou os adversários em 67% das bolas aéreas (dois de três embates por cima). O paraguaio ainda teve um desarme e realizou um corte.
Galeano caminha ainda para ter sua temporada mais goleadora profissionalmente. A melhor, até então, aconteceu no ano passado, atuando pelo Nacional, do Uruguai, quando anotou oito tentos e deu dez assistências em 48 jogos. Neste ano, com a camisa do Vovô, o atacante já soma sete bolas na rede — sendo quatro pelo Nordestão, duas pela Série A e uma pela Copa do Brasil.
Internamente, em Porangabuçu, Galeano se consolida como vice-artilheiro do elenco em 2025, atrás apenas de Pedro Raul, que tem 12 gols. Naturalmente, o paraguaio assume um papel de protagonista no ataque, o que é importante para dividir os holofotes e não sobrecarregar outros nomes do setor, como Pedro Henrique e o próprio Pedro Raul.