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Torcedor e médico do Ceará, Joaquim Garcia chega a 500 jogos pelo clube
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Torcedor e médico do Ceará, Joaquim Garcia chega a 500 jogos pelo clube

Trabalhando no clube do coração há 16 anos, Joaquim completou o expressivo número de partidas atuando como médico do Vovô nesta quarta-feira, 16, contra o Corinthians
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Joaquim Garcia, médico do Ceará (Foto: Gabriel Silva / Ceará SC)
Foto: Gabriel Silva / Ceará SC Joaquim Garcia, médico do Ceará

No futebol, o que a maior parte dos torcedores vê é aquilo que acontece dentro de campo. E tudo o que ocorre antes disso? E as muitas pessoas que atuam nos bastidores para que os processos funcionem da melhor forma? Entre os rostos pouco conhecidos do grande público, mas que desempenham um papel fundamental, está o de Joaquim Garcia, médico do Ceará há 16 anos e que, contra o Corinthians, completou 500 jogos pelo clube.

Torcedor de arquibancada do Vovô, Joaquim conseguiu alinhar suas duas maiores paixões em um só lugar: a medicina e o clube de coração. A trajetória em Porangabuçu começou em 2009 e não poderia ser mais especial. Afinal, naquela temporada, viu de perto a equipe dar fim ao jejum de 16 anos sem conquistar o acesso à elite do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista ao Esportes O POVO, o médico alvinegro antecipou o o que pensava sobre momento especial que viveu nessa quarta-feira, 16, na Arena Castelão, ao atingir a expressiva marca de partidas pelo Ceará, além da relação com o técnico Léo Condé e da ótima fase que vive o departamento médico do time, com agilidade nas recuperações e poucos casos ao longo da atual temporada.

“Não é só o número, é toda uma trajetória. Naquela época de torcedor, de admirar e querer fazer parte do clube. E a medicina me proporcionou isso: ser feliz profissionalmente, ajudar na saúde e recuperação do próximo, mas também me colocar dentro do clube do meu coração, como torcedor, e podendo contribuir de alguma forma. É gratificante. Eu não imaginava chegar à marca de 500 jogos, mas agora eu quero mais”, celebrou.

Sobre o dia a dia com Léo Condé, Joaquim Garcia não poupou elogios. O médico ressaltou a “relação especial” com o comandante alvinegro e destacou o sentimento de confiança que existe entre a comissão técnica e o DM, algo importante para que se tenha um ambiente leve e harmônico em Porangabuçu — afinal, quanto menos atletas lesionados, melhor para todos.

“A relação com o Condé é especial, de confiança. Ele tem muita confiança no nosso trabalho e sabe que estamos aqui para servir a ele e ao Ceará, no sentido de colocar todos os atletas aptos e em alto nível para executar em campo. A gente sabe que os resultados são importantes não apenas para o treinador, mas para nós e para o clube como um todo. A confiança que o Condé tem em nós, de respeitar o nosso trabalho, de entender que estamos trazendo o que há de mais novo na ciência… ele tem essa consciência”, contou.

O segredo do bom momento do DM do Ceará: a unificação dos setores do Cesp

Na vitória do Ceará sobre o Fortaleza, no Clássico-Rei disputado no domingo passado, nenhum jogador do Alvinegro foi desfalque por estar no departamento médico. A situação ocorreu pela primeira vez desde 2020 – considerando os duelos com o rival. Para Joaquim Garcia, a integração e unificação entre os profissionais do Centro de Saúde e Performance (Cesp) é um dos trunfos deste trabalho de prevenção.

“O investimento em tecnologia é importante, mas a capacitação dos profissionais que aqui estão também faz a diferença. O que temos conseguido é uma unificação de todos os setores das oito áreas que compõem o Cesp. Cada profissional sabe a função do outro, o que cada um está fazendo e contribuindo. Então, com essa integração entre os profissionais, através de reuniões diárias, avaliando a situação clínica individual de cada jogador, conseguimos obter bons resultados”, disse. (Com informações de João Pedro Oliveira)

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