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Ceará sofre com demora para contratar e vê Brasileirão perto de afunilamento
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Ceará sofre com demora para contratar e vê Brasileirão perto de afunilamento

Panorama pode melhorar com a provável chegada de Paulo Baya, atacante do Fluminense que tem conversas avançadas para vestir a camisa do Vovô, mas ainda será necessário reforçar mais o elenco
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Técnico Léo Condé precisa de mais opções para escalar o Ceará (Foto: Felipe Santos / Ceará SC )
Foto: Felipe Santos / Ceará SC Técnico Léo Condé precisa de mais opções para escalar o Ceará

Tema frequente em debates, a demora do Ceará para contratar reforços segue mesmo com a Série A do Campeonato Brasileiro — principal competição do calendário alvinegro — quase tendo seu primeiro turno findado. 

Ao todo, a diretoria de futebol do clube contratou apenas um jogador: Vinicius Góes, o Vina. Apesar da relevância do meia-atacante na história recente do Vovô, a chegada dele muito provavelmente não irá suprir as carências ofensivas da equipe.

Vale lembrar também que a negociação com o camisa 29 aconteceu muito em função de o atleta sempre ter deixado claro seu desejo de retornar ao time. Em outros cenários, por sinal, o Alvinegro vem tendo dificuldades.

Não à toa o executivo de futebol do Ceará, Lucas Drubscky, revelou, em entrevista coletiva concedida no fim de julho, que o clube fez investidas por 12 jogadores no mercado da bola para a atual janela de transferências, mas não conseguiu concretizar negócio.

"Nós fizemos, entre possibilidade de compra, empréstimo, de negócios, (tentativas por) 12 atletas, de diferente posições. Por uma razão ou por outra, não conseguimos fechar", reconheceu o dirigente.

Na oportunidade, o profissional, ao lado do CEO da pasta, Haroldo Martins, disse que o Ceará já buscava reforços desde antes da parada da Copa do Mundo de Clubes, com as carências do elenco mapeadas há "dois ou três meses", mas que as tentativas não haviam tido desfecho positivo.

Uma das tentativas do Vovô foi pelo atacante Fabinho, do América-MG, que acabou se lesionando. O clube também teve interesse no volante Jair, do Vasco, mas o técnico Fernando Diniz optou por não liberá-lo. Mais recentemente, buscou a contratação do ponta Bryan Ramírez, destaque da LDU, do Equador. 

Nas tratativas, o Ceará chegou a oferecer 3 milhões de dólares para a LDU-EQU, equivalente a pouco mais de R$ 16 milhões. No entanto, mais uma vez, as equipes não chegaram a um consenso para concretizar o negócio.

A demora para contratar pode ser justificável pela falta de recursos financeiros do clube para tal, afinal passou dois anos na Série B e está na sua primeira temporada de retorno à elite. Porém, o cenário exige que a diretoria busque alternativas. 

É de ciência do público geral que o segundo turno do Campeonato Brasileiro costuma ser mais competitivo e, por isso, a chegada de reforços é crucial. Atualmente, há claras deficiências, especialmente no setor de ataque, que tem poucas opções e vem em queda desde a retomada do futebol nacional, seja por motivos técnicos ou físicos — lesões ou desgastes.

"Essa demora por contratação está sendo prejudicial ao time nesse momento por lacunas evidentes. A falta de opção no jogo contra o Flamengo no segundo tempo deixou o Ceará impedido de quem sabe obter um resultado melhor. Essa demora se torna um risco para o Alvinegro em situações futuras", avalia Thiago Minhoca, comentarista da Rádio O POVO CBN.

O panorama pode melhorar com a provável chegada de Paulo Baya, atacante do Fluminense que tem conversas avançadas para vestir a camisa do Vovô, mas ainda será necessário reforçar mais o elenco. 

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