Entrando como favorito, o jovem tenista brasileiro João Fonseca, de 18 anos, não conseguiu impor seu ritmo de jogo e foi eliminado ontem do Masters de Cincinnati pelo francês Térence Atmane.
O rival, de 23 anos e apenas o 136º do ranking mundial, venceu a partida por 2 sets a 0, com parciais 6-3 e 6-4, em apenas 1h18min. Apesar do revés, Fonseca deve subir para o 44º posto na próxima atualização dos melhores do mundo, marca mais positiva da curta carreira.
Já Atmane segue na melhor semana da vida dele. O jovem tenista francês passou pelo qualificatório e até eliminou o italiano Flavio Cobolli, 22 da ATP, na segunda rodada. Agora, ele terá o maior desafio da carreira, pois vai enfrentar o norte-americano Taylor Fritz, quarto melhor do mundo na atualidade.
Apesar de ter chegado à terceira rodada, João Fonseca fez um torneio abaixo da expectativa em performance. Na estreia, ele mostrou força mental para virar sobre o chinês Yunchaokete Bu por 4-6, 6-2 e 7-5. Já na segunda, pegou o favorito Alejandro Davidovich Fokina, 19 do mundo, e venceu por desistência do rival. O espanhol levou o primeiro set no tie-break e chegou a abrir 4 a 0 no segundo, mas o brasileiro reagiu, fez 5 a 4, quando o rival abriu mão da disputa por cansaço.
O jogo desta segunda-feira teve ainda um fator inusitado. A partida começou com duas horas de atraso devido a uma queda de energia no Lindner Family Tennis Center.
Também em Cincinnati, o Brasil teve duas vitórias nas duplas nas oitavas de final. A primeira foi de Marcelo Melo, ao lado do alemão Alexander Zverev. Eles venceram o indiano Rohan Bopanna e o tenista da casa Ethan Quinn por 2 a 1 (7-6, 3-6 e 10-6).
No feminino, Luísa Stefani e a húngara Tímea Babos eliminaram as chinesas Yifan Xu e Zhaoxuan Yang, também por 2 a 1, com parciais 6-7, 6-3 e 10-4.
Se Atmane se prepara antes de encarar Fritz, Fonseca já começa a pensar no quarto Grand Slam do ano. Com direito à maior premiação da história, o US Open será realizado entre o fim deste mês e o início de setembro. O brasileiro conseguiu fazer exibições consistentes em todos os pisos até agora e promete dar trabalho também nos Estados Unidos. (André Bloc, com Agência Estado)