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Brasil emociona, vê ouro escapar por 0,1 ponto, mas faz história no Mundial de ginástica rítmica
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Brasil emociona, vê ouro escapar por 0,1 ponto, mas faz história no Mundial de ginástica rítmica

Seleção ficou com a prata no conjunto misto, quase nada atrás da Ucrânia. É a segunda medalha da história nacional na modalidade
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A equipe brasileira comemora sua medalha de prata na cerimônia do pódio final do grupo de três bolas e dois arcos do 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica da FIG, no Rio de Janeiro, Brasil, em 24 de agosto de 2025. (Foto de Mauro PIMENTEL / AFP)
 (Foto: Mauro PIMENTEL / AFP)
Foto: Mauro PIMENTEL / AFP A equipe brasileira comemora sua medalha de prata na cerimônia do pódio final do grupo de três bolas e dois arcos do 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica da FIG, no Rio de Janeiro, Brasil, em 24 de agosto de 2025. (Foto de Mauro PIMENTEL / AFP)

O Brasil tem muito o que comemorar no Mundial de ginástica rítmica. A equipe verde a amarela conquistou, com muita emoção, a medalha de prata na final do conjunto misto — um dia depois do primeiro pódio da história nacional na modalidade, na final por equipes. As ginastas brasileiras receberam a incrível nota de 28,550 e tiveram de esperar a apresentação das sete equipes restantes.

Ao som de "Evidências", famosa canção interpretada por Chitãozinho e Xororó, a apresentação brasileira com três bolas e dois arcos foi celebrada com muita emoção e aplausos na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, ontem. Algumas ginastas chegaram a deixar o palco às lágrimas. Depois dos juízes anunciarem os 28,550, foi a vez do Japão se apresentar. As asiáticas — que tiraram o ouro do Brasil na final de sábado — anotaram apenas 27,350, deixando o Brasil na primeira colocação.

A China foi a terceira a se apresentar, com 28,350, seguida pela Polônia. Enquanto as europeias faziam sua apresentação, o time chinês pediu revisão de nota, querendo tirar o topo do Brasil. Mas, os recursos chineses foram indeferidos. Enquanto isso, as polonesas fecharam com 24,050.

A Hungria subiu ao palco com bolas de futebol e camisetas verde e amarelas em homenagem ao futebol brasileiro. Mas, sem grande expressão para ameaçar a nota brasileira: 26,250. A esta altura, faltavam apenas três apresentações: Ucrânia, Espanha e Israel.

As ucraniana teriam de fazer nota maior que 28,550 para tentar tirar o Brasil do pódio. Elas fizeram uma apresentação sólida, que rendeu um 28,650 seguido por lágrimas. O sorriso brasileiro fraquejou, mas o orgulho do pódio que se confirmou em seguida não diminuiu nem por um instante.

A Espanha subiu ao palco alternando entre uma música típica e bateria de escola de samba do País. A apresentação teve um nível artístico elevadíssimo, assim como a as ucranianas, que passaram as brasileiras pela dificuldade de apresentação. A Espanha teve alguns descontos na execução e fecharam com 28,200, garantindo medalha para o Brasil.

Israel se apresentou por último, para decidir se as brasileiras ficariam com prata ou bronze. Porém, nesse meio tempo, a Espanha também entrou com recurso de revisão de notas. A Arena Carioca 1 ficou esperando ansiosamente pela decisão dos juízes em relação às duas notas restantes. As espanholas mantiveram o 28,200, enquanto Israel cravou 27,250.

Mais cedo, o Brasil havia terminado em sexto na final das cinco fitas, vencida pela China, seguida de Japão e Espanha.

Até este fim de semana, o Brasil nunca havia medalhado em Mundiais de ginástica rítmica. Ontem, encerrou uma participação histórica como país-sede, com duas pratas recebidas com muito suor e lágrimas.

NOTAS DA FINAL DO CONJUNTO MISTO:

1º - Ucrânia - 28,650

2º - Brasil - 28,550

3º - China - 28,350

4º - Espanha - 28,200

5º - Japão - 27,35.

6º - Israel - 27,250

7º - Hungria - 26,250

8º - Polônia - 24,050

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