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Novo esquema, reforços e bola parada: as armas de Palermo para o ataque do Fortaleza
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Novo esquema, reforços e bola parada: as armas de Palermo para o ataque do Fortaleza

Em seus últimos dois trabalhos, no Platense e no Olimpia, o treinador priorizou centroavantes "brigadores" e potencializou os pontas, tornando-os protagonistas
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Palermo (ao centro) orienta os novos comandados durante treino do Fortaleza (Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC Palermo (ao centro) orienta os novos comandados durante treino do Fortaleza

Maior goleador da história do Boca Juniors, Martín Palermo — agora treinador do Fortaleza — sabe bem como é a vida de um atacante: o céu e o inferno estão sempre muito próximos. No Pici, os jogadores do setor ofensivo atravessam uma fase complicada, especialmente os que atuam como centroavantes. Embora tenha demonstrado publicamente preocupação com a defesa, o comandante também terá de encontrar soluções para o ataque.

Lucero, destaque absoluto em 2023 e 2024, temporadas em que ultrapassou a marca de 20 gols, acumula atualmente 16 partidas sem balançar as redes — seu segundo pior jejum com a camisa tricolor. Adam Bareiro, comprado por quase R$ 10 milhões, já disputou nove partidas pelo Leão, período em que desperdiçou um pênalti e outras chances claras.

Deyverson chegou a marcar em dois jogos seguidos — contra RB Bragantino-SP e Grêmio-RS, pela Série A —, mas logo voltou a viver uma seca e, antes de ser afastado por Renato Paiva, ficou cinco confrontos sem anotar gols. O jovem Kayke, vindo do Botafogo, ainda não estreou e pode ser uma peça testada por Palermo, sobretudo no esquema 4-4-2, formação em que o técnico argentino gosta de atuar com dois centroavantes.

Em seus últimos trabalhos — no Platense, onde foi vice-campeão argentino, e no Olimpia, onde conquistou o título paraguaio —, Palermo estabeleceu um modelo de jogo ofensivo muito claro: pontas protagonistas, força na bola parada e preferência por um centroavante “brigador”, com presença de área para duelar com os defensores.

Além do 4-4-2, o comandante também gosta do 4-2-3-1, esquema que, pelo perfil do elenco do Fortaleza, pode apresentar melhor encaixe. Neste cenário, Palermo procura concentrar os avanços ofensivos pelos lados do campo, criando situações de um contra um para os pontas. Embora a ideia seja ter um jogo mais objetivo, as chegadas de Guzmán e Crispim podem oferecer maior qualidade nos momentos de posse.

A bola parada é outro recurso fundamental na estratégia de Palermo. No Olimpia, por exemplo, dos 51 gols marcados pela equipe na liga nacional sob seu comando, entre Apertura e Clausura, 25 saíram de jogadas iniciadas em cobranças de faltas, escanteios ou pênaltis.

Por característica, Deyverson e Bareiro talvez ganhem prioridade inicial — mas não será surpresa se Palermo apostar em Lucero, tecnicamente o melhor dos três, para tentar recuperá-lo. O possível retorno de Moisés também pode representar um acréscimo importante para a formatação ofensiva do Leão.

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