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Mugni retoma bom momento e dá maior força ofensiva ao Ceará
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Mugni retoma bom momento e dá maior força ofensiva ao Ceará

O argentino marcou o tento que abriu o placar contra o Santos e voltou a figurar entre os titulares do Vovô
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Mugni é o camisa 10 do Ceará (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Mugni é o camisa 10 do Ceará

O Ceará de Léo Condé havia encontrado sua forma: três volantes, linhas ajustadas e o máximo de segurança na defesa. Um time difícil de ser batido, mas, por vezes, batia no limite de previsibilidade. Em parte dos jogos, a engrenagem girava bem até o meio-campo — depois, travava, pois até o sólido precisa ser maleável. Faltava um toque de leveza, alguém capaz de ver o jogo em diagonal, e não só em linha reta, dada a verticalidade do esquema alvinegro.

Foi nesse espaço de carência que Lucas Mugni voltou a caber. O argentino, que por semanas observou de fora o time se consolidar, fosse pela lesão muscular na posterior da coxa direita ou por opção técnica, regressou com calma, em uma situação confortável, e mostrou outros atalhos à equipe, que seguiu sólida, mas com mais alternativas.

Contra o Santos, reapareceu no momento certo: além da facilidade em cadenciar o jogo quando necessário e as boas soluções em espaços curtos, marcou o gol que abriu a vitória por 3 a 0 no Castelão, na noite do último domingo, 5, encerrando um jejum de quase cinco meses sem balançar as redes. A partida fez o Vovô respirar um ar mais próximo da Sula. E bem longe da zona da degola.

“(Gol) muito importante para mim. Eu precisava. Estive fora pela lesão e o time ficou bem encaixado. Tive que brigar novamente pelo meu espaço. Dei o meu melhor e graças a Deus saiu o meu gol, mas o mais importante é que foi para o time vencer. O escudo está à frente do individual, muito feliz também pela torcida, porque eles merecem”, diz o meia.

Léo Condé conseguiu manter a solidez que caracterizou o Ceará nas últimas rodadas, além da facilidade de enfrentar equipes que focam em tentar propor o jogo. Como disse Mugni, o coletivo seguiu à frente do individual. Mas o treinador já vinha percebendo, em jogos passados, que um meia mais criativo daria ao jogo outra textura — fosse o argentino ou Vina.

Ainda é cedo para falar em nova fase, mas o gol e a atuação diante do Santos reacendem a lembrança do jogador que, quando encontra o ritmo, dita o compasso do time. Não à toa, Condé definiu em coletiva que o Alvinegro jogou um futebol mais parecido com o que apresentava no início do ano.

O último tento anotado pelo camisa 10 foi na vitória do Vovô ante o Sport, em maio, ainda na 9ª rodada da Série A. Desde a atuação, o argentino havia sido titular em 11 jogos, entrando ao decorrer de outros cinco.

Vestindo preto e branco, Lucas Mugni esteve presente em 39 partidas da temporada, com quatro gols marcados, e é o líder assistências do plantel, com nove assinaladas. A facilidade em servir os companheiros motivou o apelido de garçom. Agora, o meia serve uma nova alternativa para Condé, antes conhecido por mudar pouco, ser mais maleável.

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